Garrafa de plástico, vidro, ferro, conchas, correntes e até fivela de cinto. Esses são alguns dos itens que artistas da Serra utilizam para fazer arte.
A artesã Maria de Fátima Silva reaproveita garrafas pets. Com este material, ela faz bolsas, puxa-sacos, porta papel higiênico, acessórios diversos e arranjos natalinos. “É uma forma de reutilizar o lixo e transformar em uma fonte de renda e arte”, conta Fátima.
Nas mãos da artesã Marilene Moura restos de bijuterias, peças de aço, chaves, correntes, restos de madeiras e linhas viram arte. Ela que se dedica a arte há 20 anos e produz com estes materiais molduras de espelhos, esculturas com conchas, caixas envelhecidas, porta-chave e porta-treco.
Ferro e vidro são a base da transformação para José Ricardo Kauffman, artista da região da Vila das Artes, no bairro São Francisco, em Jacaraípe. O trabalho do artista é pautado no elemento mais quente da natureza. É com chamas que José transforma o que iria para o lixo em esculturas. Ele também usa madeiras e cerâmicas sempre combinados ao ferro.
Já Mírnio Paredes Saraiva é especialista quando o assunto é vidro moído. Em seu atelier, que fica em Jacaraípe, são dezenas de quadros feitos com materiais reaproveitados, que vão desde o vidro, garrafa, madeira, até fivelas de cinto.
Com o vidro moído, Paredes faz quadros de diversos tamanhos e temas em forma de mosaico. Ele também faz abajures, garrafas decorativas, tampões de mesa e bandejas. “Se vejo madeira no lixo, pego e transformo em arte. Tudo pode virar arte. Por isso escolhi ser ecologicamente correto. Reaproveito tudo”.