A erosão gerada após obra de esgotamento da Cesan/Ambiental Serra em Praia de Carapebus, acabou provocando a abertura de uma cratera no meio da rua. E o pior, a situação também gerou o rompimento da tubulação de água, deixando parte da comunidade sem água desde ontem (15). A informação é do morador Anderson Muniz, que também é liderança comunitária do bairro e vereador da Serra.
Segundo Anderson, o buraco começou a se formar na rua São José após intervenções na rede de esgoto.
“Pessoas da minha equipe estiveram no local no dia 08. Nesse mesmo dia protocolamos na Cesan o pedido para fechar o buraco que já estava aberto antes disso. Até um carro chegou a cair ali. Veio o pessoal da Ambiental Serra, fotografou, mas nada foi feito. O buraco só foi aumentando e fez romper a tubulação de água ontem (15). Vazou esse monte de água potável a noite toda. E várias casas estão sem água”, contou o parlamentar.
Veja abaixo o vídeo feito na manhã desta terça -feira (16) do vazamento. Crédito: Anderson Muniz.
Em nota enviada ao Tempo Novo por volta das 10h e 10 desta terça-feira (16), a Cesan disse que durante a execução do serviço de reparo da rede de esgoto, houve rompimento da rede de água.
A empresa acrescentou que já corrigiu o vazamento. E concluiu informando que equipe da Concessionária Ambiental Serra fará o reparo da rede de esgoto.
Reclamações sobre serviço de abastecimento e esgoto
Queixas a respeito do serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto vêm se acumulando na Serra. A responsabilidade por eles é da Cesan, empresa do governo do ES e que possui a concessão do município para operar na Serra.
Dentre as polêmicas referentes ao abastecimento de água, problemas com excesso de cloro, cor escura do líquido e até envio de água salobra às residências. No último dia 26 de fevereiro a Cesan chegou a ser multada pela Agência de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP).
Já sobre o serviço de esgoto, que é operado em Parceria Público Privada (PPP) com a Ambiental Serra (controlada pela Aegea), há reclamações sobre constantes vazamentos nas redes coletoras, mau funcionamento de estações de bombeamento e crônica poluição de rios, córregos e lagoas mesmo em regiões onde há tratamento. Desde o início da PPP, em janeiro de 2015, várias multas já foram aplicadas pelo Meio Ambiente por conta da poluição.