A construção de um condomínio da MRV tem tirado o sono dos moradores da comunidade de São Patrício, na região de Jacaraípe. Além de gerar poeira e barulho, os moradores dizem que a trepidação gerada pela obra tem provocado rachaduras nos imóveis vizinhos. Eles também acusam a construtora de não ter feito Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).
O empreendimento em questão é o Parque Viva La Costa, condomínio fechado que já está com 26% da obra concluída, segundo dados divulgados no site da construtora. A comunidade afirma que a empresa não responde aos questionamentos e nem atende aos pedidos para minimizar os impactos gerados pelas obras.
O presidente da Associação de Moradores de São Patrício, Jacson Vieira de Sousa, é um dos que vêm sofrendo com as obras, já que mora ao lado do empreendimento. “Estamos com sérios problemas com a chegada do empreendimento da construtora MRV em nosso bairro.As reclamações vão além de poeira, sujeira e barulho. São casas danificadas com muitas rachaduras causadas pela obra e vidas expostas a toda essa poluição gerada pela construção”, reclama.
O morador ainda afirma que a poeira tem causado até problemas de saúde. “Temos vizinhos que estão tendo crises alérgicas por conta da poeira. Chegamos a pedir que a MRV usasse algum carro-pipa para molhar as áreas ao entorno da obra, o que iria diminuir a poeira; mas nada foi feito”, afirma.
Rosana Sousa, que também mora em São Patrício, está tendo crise alérgica por conta da poeira. “Estou novamente com alergia e meu nariz chegou a sangrar, e a boca fica seca de tanta poeira. Também fico preocupada com meu pai, que tem 84 anos, e se assusta com as panelas que caem dos armários e do fogão de casa por causa das máquinas pesadas que eles utilizam. Isso sem falar das rachaduras na residência”, conta.
Rosana ainda disse que a poeira invade sua residência, mas que não adianta limpar. “Essa semana ficamos o dia inteiro limpando a casa, mas no outro dia já estava tudo sujo de novo. Pedimos um carro-pipa, porém não fomos atendidos”, disse.
A reportagem entrou em contato com a MRV realizando questionamentos sobre os problemas citados pela comunidade, mas até o fechamento desta edição a empresa não respondeu à demanda.
O Tempo Novo também procurou a Prefeitura da Serra, que disse que uma equipe de fiscalização irá ao local nesta sexta-feira (8) para averiguar a denúncia.