O grave acidente que vitimou 11 pessoas na BR 101, na altura do município de Mimoso do Sul, no domingo (10) foi o estopim para que autoridades capixabas se mobilizassem para pressionar a concessionária Eco 101 a apresentar um plano de duplicação da rodovia, sob sua custódia há cinco anos, com a condicionante de realizar obras de melhoria e duplicação.
Após decretar luto oficial de três dias e falar ao telefone com o presidente da República, Michel Temer (PMDB) sobre o assunto, o governador Paulo Hartung (PMDB) foi a Brasília na quarta-feira (13), onde se reuniu com representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão fiscalizador do contrato para que fizesse a interlocução com a Eco a fim de definir uma agenda de atividades na rodovia.
O diretor geral da ANTT, Jorge Bastos, se reuniu com representantes da Eco nesta quinta-feira (14), quando ficou definido que as obras seriam retomadas. Além disso, o efetivo da Polícia Rodoviária Federal que foi deslocado para o
Rio de Janeiro também retornará imediatamente ao Estado e duas balanças móveis serão instaladas na BR 101, para intensificar a fiscalização das cargas transportadas na rodovia. Na tarde desta quinta (14), o governador recebeu a imprensa capixaba para uma entrevista coletiva e detalhou a decisão.
“Queremos o cumprimento do contrato e estamos lutando por isso, com a ajuda da bancada federal e de toda sociedade capixaba”, disse o governador.
Hartung explicou que serão retomadas as obras que foram iniciadas nos municípios de Iconha, Ibiraçu, João Neiva, Anchieta e Itapemirim. “São esses os trechos que estão previstos no contrato para serem realizados em 2017 e 2018. Ao longo do tempo, o contrato leva à duplicação de toda rodovia, o que é um desejo dos capixabas, dos brasileiros, e é fundamental para construir uma rodovia segura, que dê tranquilidade a todos, e, ao mesmo tempo, que dê base para o desenvolvimento da nossa região”, destacou o governador.
Durante a entrevista, Hartung frisou a importância da duplicação da BR 101 para a segurança de todos que trafegam pela rodovia e também para o desenvolvimento econômico do Espírito Santo. “O importante é que o contrato seja cumprido por todas as partes. Não faz sentido viver o que nós vivemos e, durante um impasse como esse, vidas de capixabas e brasileiros serem perdidas. E que a gente siga em frente e consiga dotar o Espírito Santo e o Brasil de uma via segura e adequada ao tempo que estamos vivendo”, concluiu o governador.
