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Ocupação de escolas na Serra pode mexer no resultado da eleição

Até às 18h da quinta-feira (27) havia dez escolas ocupadas por estudantes. Foto: Fábio Barcelos

Por Conceição Nascimento / Yuri Scardini

A ocupação de várias escolas da Serra por estudantes contrário à PEC 241, preocupa a Justiça Eleitoral e pode jogar um tempero ainda desconhecido no resultado do segundo turno da eleição para prefeito. Isso porque, a maioria das escolas são pontos de votação para o próximo domingo (30) e não há definição de como a Justiça vai proceder em cada caso. Somados os eleitores que votam nas escolas ocupadas onde há seções eleitorais (até o fechamento desta edição, às 17h), são 51.179 – cerca de 17% do total da cidade.

Na ata da reunião entre representantes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e líderes estudantis na última quinta-feira (27), a Justiça deixa explícita a preocupação, pois entende que pode “inibir o comparecimento do eleitor para exercer seu direito constitucional”. Além disso, representantes do Judiciário admitem que mudanças nos locais de votação, poderiam criar confusão e falta de informação junto aos eleitores. Estes fatores somados a um cenário eleitoral acirrado entre os candidatos Audifax Barcelos (Rede) e Sérgio Vidigal (PDT) podem jogar um elemento inesperado no resultado final da votação já que a possibilidade de aumento dos índices de abstenção é vista como possível.

No mesmo documento, os representantes dos estudantes e a Justiça acordaram que não haveria mudanças nos locais de votação. Mas até o fechamento desta edição, a votação em três escolas já havia sido transferida para outros locais: o Aristóbulo Barbosa Leão foi substituído pelo colégio particular Cedaf em Limoeiro; o Dom João Batista da Motta e Albuquerque foi substituído para a Escola Elpidia Coimbra, em André Carloni e o Sizenando Pechincha pela Faculdade Faserra em Barcelona.

Segundo o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), Harley Brito, o movimento de ocupação das escolas deve crescer. “Esperamos que o movimento cresça e que os cortes previstos na PEC não tenham rebatimentos na Educação e Saúde. O acordo (entre estudantes e TRE) não foi tão difundido e não conseguiu contemplar a todos os estudantes. Ainda existem muitas escolas a serem ocupadas. A finalidade da ocupação é chamar a atenção das autoridades”, lembra.

Os estudantes protestam contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que congela gastos do Governo Federal pelos próximos 20 anos. A matéria está tramitando no Senado.

Confira as escolas já ocupadas até o fechamento desta edição:

escolaescola

 

Gabriel Almeida

Jornalista há mais de 10 anos, Gabriel Almeida atua como editor-chefe e repórter. Escreve com experiência para diversas editorias do portal. Além disso, assina a importante coluna: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades.

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