Não é um ódio qualquer; é ódio alimentado. E assustador, ao ponto de levar o arcebispo D. Luiz Mancilha Vilela a usar o tema na Missa do Oitavário, no Convento da Penha. A intolerância antes ocultada virou protagonista na vida de boa parte do povo brasileiro. Negros, nordestinos, comunidade LGBT, religiões de matriz africanas e classe política.
Li no Facebook de uma amiga: “Bom seria se político fosse gado e pegasse aftosa. A gente sacrificava o rebanho e pronto.” Para demonstrar o desprezo por aqueles que não honraram a confiança depositada e se apropriaram indevidamente de recursos públicos a pessoa tende a jogar todos no mesmo saco levando a uma avaliação equivocada.
Questionada fraternalmente alegou decepções pessoais quando ocupava cargo de confiança em certa administração pública. É pouco. O risco da contaminação pelo ódio é perigoso. Quando envolve a política então o efeito tende a ser trágico. As pessoas estão perdendo a capacidade de discutir suas diferenças dentro do respeito e da decência. A violência é o caminho. Primero verbal para daí descambar a troca de insultos e até socos e pontapés.
As eleições estão chegando e em nossa cidade da Serra veremos o confronto das duas principais forças políticas. Pesquisa recente mostrou a incapacidade de convencimento de quem se arvorou em se colocar como via alternativa para o eleitor serrano. Cada vez mais exigente quer saber de projeto e vai à busca do que entende ser o melhor para a cidade. No entanto, é necessário que a disputa se dê em clima respeitoso. A continuar o fomento do ódio e da intolerância principalmente nas redes sociais as eleições municipais poderão ser desastrosas do ponto de vista da segurança. Atentemos.