Mesmo tendo acontecido durante as fortes chuvas que transformaram o córrego Camburi num rio furioso na noite da última quinta(30), o vazamento de óleo da Vale não chegou até a praia. É o que dizem a própria Vale e o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema).
A informação é da assessoria de imprensa do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), que disse que o órgão está monitorando o acidente, que atingiu inicialmente a lagoa Pau Brasil.
Como a lagoa transbordou por causa da chuva, o óleo foi parar dentro das casas da parte baixa no bairro Hélio Ferraz II. A assessoria disse que o Iema vai definir se a Vale será multada só depois de analisar a relatório ambiental do acidente, cuja data de conclusão não foi revelada.
Informou ainda que a empresa foi notificada a remover o óleo e recuperar a área afetada. Na manhã desta segunda(03), homens a serviço da empresa trabalhavam na limpeza do local, usando um barco e boias de contenção.
Da Pau Brasil descem águas que formam a lagoa do Parque Botânico da Vale. Dali as águas caem no norte da praia de Camburi, onde a multinacional da mineração tem um passivo ambiental histórico: o minério de ferro depositado na areia da praia e no fundo do mar.
Protesto
Moradores afetados pela enchente da lagoa fecharam o acesso à Vale em protesto na manhã da última segunda(03). Em reunião com representantes da empresa, esses moradores pediram ressarcimento pelos prejuízos causados.
Eles entendem que a falta de limpeza da lagoa, cuja maior parte fica na área da Vale, foi determinante para a enchente. E afirmam que os prejuízos foram agravados pelo derramamento de óleo.
A assessoria da Vale disse que está adotando as medidas para conter o óleo. Garantiu que o material ficou retido na Pau Brasil e que os equipamentos usados na contenção não estão impedindo do fluxo d´água do local. Na última segunda(03) ainda havia casas alagadas em Hélio Ferraz.