Uma onda de protestos contra a Vale está acontecendo pelo Espírito Santo e em parte do Brasil. Os manifestantes estão cobrando a responsabilidade da empresa pelo rompimento de duas barragens em Mariana, Minas Gerais, na quinta-feira (05).
Na última segunda-feira (17) um protesto aconteceu por volta de 18h50 em frente a portaria da Vale em Jardim Camburi, Vitória. A manifestação que começou na Ufes terminou em destruição e confusão. Os manifestantes diziam que a Vale “matou” o Rio Doce.
No mesmo dia aconteceu um protesto no Centro do Rio de Janeiro, no fim da tarde, também para cobrar punição da empresa pelo desastre que devastou Mariana em Minas Gerais e vem trazendo a lama de rejeitos para o Estado pelo Rio Doce.
Índios do tribo Krenak também realizaram uma manifestação na Estrada de Ferro Vitória a Minas no município e Resplendor em Minas Gerais. O protesto que teve término nesta segunda-feira (16) fez que as operações de carga e de passageiros ficassem paralisadas, impedindo também o transporte de água para as comunidades da região do Rio Doce. De acordo com a Vale a ferrovia já foi liberada e a circulação do trem de passageiros será restabelecida a partir de quarta-feira, dia 18, devido à necessidade de reposicionamento da composição e vistorias na linha.
Os passageiros que já haviam adquirido seus bilhetes poderão se dirigir às estações ao longo do trecho para remarcar sua passagem ou solicitar reembolso no prazo de 30 dias. Mais informações podem ser obtidas pelo Alô Ferrovias (0800 285 7000), canal de atendimento gratuito mantido pela empresa.
Na última sexta-feira (13) manifestantes usaram bastante lama em um protesto que foi feito na portaria da Vale em Carapina na Serra. A manifestação que teve início por volta das 5h30 e foi organizado pelo grupo Frente Capixaba de Lutas.
A reportagem entrou em contanto com a Vale que disse que respeita e valoriza o direito constitucional de livre manifestação. A empresa reforçou que, desde o último dia 5, quando houve o acidente nas barragens da Samarco, em Mariana (MG), está concentrada em oferecer total apoio e assistência às equipes envolvidas no resgate e atendimento às famílias afetadas, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
A empresa ainda disse que não medirá esforços para apoiar as ações emergenciais nestas localidades, bem como ajudar na recuperação ambiental do Rio Doce.
Questionada pelo prejuízo causado pela manifestação, a Assessoria de Comunicação da Vale disse que a Empresa ainda não tem um levantamento dos estragos.
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