Ana Paula Bonelli
Como objetivo de monitorar, preservar e proteger a vida dos macacos bugios, no Mestre Álvaro, na Serra, a ong Amigos do Mestre Álvaro, lançou uma campanha pedindo ajuda de ativistas para auxiliar a descobrir quantas espécimes do animal ainda vivem na floresta.
A campanha foi anunciada na manhã desta terça-feira (9) em redes sociais. Junior Nass, que faz parte do grupo do Amigos do Mestre Álvaro conta que em 2017 quando teve início o surto de febre amarela, cerca de 150 macacos bugios viviam na região.
“Nossa preocupação começou nessa época. Começamos a achar macacos mortos, esqueletos. Antes disso, eles apareciam em diversas trilhas. Já rodamos, fizemos monitoramento em várias partes do morro e não estamos mais vendo como antes. Eu mesmo desde setembro que não topo um primata pela frente. Virou raridade. O Mestre é imenso, por isso precisamos de toda ajuda possível”, destaca Junior que acredita que hoje a população de bugios deve girar em torno de 30 a 50 animais no máximo.
“Pedimos que quem subir o Mestre Álvaro, se ouvir o ronco dele, se ver o macaco e tirar uma foto, envie para nós, com data, horário, local e se possível a quantidade de bugios que foram vistos para podermos monitorar. Basta enviar um zap para 99631-2337”.
Junior conta ainda que um filhote do macaco foi visto nesta terça-feira (9) na região de Furnas por um integrante da ong. “Pode ser um bando que tenha sobrevivido, ou seja tem macho e fêmea por ai perdido. Estamos anotando todos os registros, para até novembro termos noção de como está essa população do local”.