Os dilemas causados pela pandemia da covid 19 é o norte da campanha que foi lançada pela União Nacional dos Estudantes, a UNE.
O Brasil, infelizmente, já ultrapassou a marca de 300 mil mortes pela Covid-19 em pouco mais de um ano, com a ausência de uma coordenação nacional no enfrentamento à pandemia e a falta de alinhamento entre o presidente e governantes dos estados e municípios do Brasil o número de mortes está longe de diminuir.
A aprovação das vacinas (Coronavac e Oxford-Astrazeneca) em janeiro, criou uma falsa esperança de dias melhores, e não era para menos, éramos o País referência em vacinação e com um Sistema Único de Saúde – SUS presente em todos os cantos do Brasil. Mas, os fracassos das Relações Internacionais levou ao atraso na compra da vacina de Oxford e a dificuldade na importação dos insumos necessário para a produção da Coronavac e isso, ligado ao negacionismo do governo e de boa parte da população fez com que ultrapassássemos a marca de 3 mil mortos por dia, a VIDA parece que perdeu o significado.
O agravamento da crise sanitária também tem levado a milhares de brasileiros a fome, a economia que já não estava boa despencou e atingimos a marca de 13 milhões de desempregados.
O auxílio emergencial poderia amenizar a grave situação de milhares de brasileiros, que buscam o seu sustento na informalidade ou depende dos poucos programas de assistência social existentes e, além disso, uma política de créditos para os pequenos empreendedores ainda não foi elaborada pelo governo federal para evitar a falência dos pequenos comerciantes e empreendedores em geral.
O governo do Espírito Santo, depois de mais de um ano de pandemia, anunciou um auxílio que pode chegar a R$ 200,00 por mês para as famílias e um crédito para os micro e pequenos empreendedores, a câmara de vereadores da Serra debate um crédito parecido para os comerciantes municipais ao mesmo tempo que a prefeitura anuncia um auxílio emergencial. Mas, quem de fato vem fazendo a diferença para garantir o alimento dentro das casas das famílias carentes são os movimentos sociais que desde início da pandemia tem elaborado campanhas de solidariedade, o FEJUNES – Fórum de Juventude Negra, é um exemplo de movimento social que tem realizado diversas ações nesta pandemia.
A busca pelo “PÃO nosso de cada dia” tem lotado o transporte público onde a aglomeração fica inevitável, os semáforos estão cada vez com mais pessoas realizando suas vendas ou pedindo ajuda. A vida está sendo colocada em risco diante do vírus, seja do vírus da Covid 19 ou do “vírus” da fome.
A única saída para essa crise é a VACINA, só com uma vacinação em massa poderemos voltar a usufruir dos nossos direitos, de ir e vir, de liberdade, de interagir com o próximo, de estudar e de viver.
Queremos vacina no braço e comida no prato!
Ivo Lopes – Acadêmico de Ciências Sociais e de Direito, membro do movimento Kizomba Capixaba.
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