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Opinião do TN: População precisa ter empatia e entender que a pandemia não acabou

Em Laranjeiras, aglomerações já viraram rotina. Foto: Gabriel Almeida

Empatia. No dicionário significa, entre outras coisas, “ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da mesma forma”. E é exatamente isso que parece faltar em alguns moradores da Serra, e também de outros municípios capixabas, que mesmo após meses de experiência, continuam insistindo em causar aglomerações em bares, lanchonetes e até nos espaços públicos, como praias e praças. É fato que os números de óbitos causados pela Covid-19 diminuíram drasticamente nas últimas semanas, mas isso não é motivo ou permissão para causar aglomerações.

As piores cenas são registradas nos fins de semana, e para piorar, muitas vezes publicadas pelos próprios geradores de aglomerações nas redes sociais. Vídeos e fotos comprovam que as pessoas estão cansadas do tal “isolamento social” e querem ou já voltaram ao convívio normalmente. Contudo, o descumprimento das regras de autoridades, juntamente com a falsa sensação que a pandemia já se finalizou podem causar graves problemas nos próximos meses.

Se as aglomerações já eram comuns nas últimas semanas na Serra, imagina a partir desta que se inicia, com a cidade entrando em risco baixo e todo o comércio – incluindo bares, shoppings e lanchonetes – abrindo sem limite de horário. O que precisa ser frisado é que risco baixo não decreta fim da pandemia, que continua causando muita dor e sofrimento em milhões de brasileiros. Num momento como esse, a população precisa cumprir a sua parte e entender que medidas de segurança, como o simples uso de uma máscara, continuam sendo elementares.

Lógico que não podemos minimizar a crise vivida pelo setor comercial e é totalmente compreensível a flexibilização de atividades, o que é feito para tentar combater uma das faces mais danosas da pandemia: a economia. Só que mesmo numa crise sem precedentes, comerciantes e clientes que acreditam estar se ajudando lotando bares, lanchonetes ou shoppings, podem na verdade estar trazendo mais problemas para o futuro, já que se houver um aumento nos casos e mortes, tudo volta à estaca zero.

E voltar ao início significaria um novo imbróglio entre a população e as autoridades de saúde, além de causar um prejuízo ainda maior para quem seria, mais uma vez, obrigado a fechar as portas. Mas isso não precisa acontecer. Se todos cumprirem as regras, mais rapidamente o coronavírus será controlado e tudo poderá voltar à normalidade, incluindo nisso, a flexibilização.

Por fim, também é necessário cautela com os negacionistas do coronavírus, que é real e mata. Um cenário, como aqueles vistos em bares e praias, remete ao protesto que ocorreu nesta semana em Roma, onde centenas de pessoas se uniram sem máscaras para “comprovar” que a doença não existe. É preciso empatia e responsabilidade para que o mundo possa, de verdade, seguir em frente sem tantas perdas, que já foram cravadas na história.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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