No livro do espanhol Ferran Soriano, ex vice-presidente do Barcelona, diz que a bola não entra por um acaso. Ele descreve como a gestão do clube catalão foi fundamental para torná-lo um clube vencedor. No Brasil, isso também vem se tornando uma realidade, já que alguns clubes de futebol apostam na boa gestão financeira e administrativa, para conseguirem contratar e qualificar os seus elencos.
Os dois times do Rio Grande do Sul (Grêmio e Internacional) já fazem isso há algum tempo. Um destaque importante é o Atlético Paranaense, que a cada ano vem se firmando como um clube competitivo. Mas o case de maior sucesso recente é o Flamengo, sendo que tudo começou com a gestão do Presidente Eduardo Bandeira de Mello, ex-funcionário de carreira do BNDES.
Bandeira e sua diretoria reduziram gradativamente as dívidas e os passivos trabalhistas, aumentaram a arrecadação e tiraram o Clube de uma situação de caos financeiro, que no passado ficou marcado pela célebre frase do ex-jogador Vampeta: O Flamengo finge que me paga e eu finjo que jogo.
Nota-se que a desorganização financeira do clube chegou dentro de campo da forma mais sórdida, o que gerava angústia aos jogadores e, consequentemente, ausência de títulos para o clube mais popular do Brasil. Os títulos da Libertadores e do Brasileirão de 2019 foram plantados na gestão de Bandeira, e esse ex-presidente tem o seu lugar na história do clube.
Dois fatos chamaram a atenção no título da Libertadores: o gesto de Gabigol ao ignorar o Governador Corintiano do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, fato que para muitos foi o terceiro gol do jogador dentro de campo; e o gol contra da atual diretoria em não convidar Bandeira de Mello para a festa do título e, inclusive, subir no trio elétrico para comemorar a vitória.
Mas fica a dica para os clubes que querem alcançar títulos importantes: sem gestão não tem solução.