As mídias sociais chegaram para revolucionar a forma pela qual a sociedade interage. Mas como toda invenção do homem, seu uso depende da finalidade e das pessoas. Um avião – inventado por Santos Dummont em 1906, pode ser usado para o bem coletivo, no entanto, também é ferramenta de guerra.
Assim funciona as mídias sociais que potencializaram numa escala nunca antes vista o fenômeno de comunicação em rede.
Porém, entre os subprodutos desse contexto também estão algumas distopias.
Entre os mais nocivos está o processo de falsificação da opinião pública que paradoxalmente usa as liberdades democráticas para atacar a democracia. As possibilidades de falsificação dos Trending Topics no Twitter utilizando robôs e de broadcasting privado usando o fluxo descendente em árvore no WhatsApp, por exemplo são alguns dos meios de manipulação da opinião pública.
Mas na Serra, neste período eleitoral, o que tem se observado é outra forma de ataque à democracia. Trata-se da ação coordenada de cabos eleitorais, militantes e perfis fakes para promover ataques de enxame (conhecidos como warmm attacks) muitas vezes distribuindo desinformação, fake news e deslegitimando tudo aquilo que não os agradam na tentativa de falsificar a opinião pública objetivando a manipulação por meio dos efeitos manadas e efeito avalanche, por exemplo.
O TEMPO NOVO segue apurando informações vindas de fontes de bastidores – de dentro de alguns QG’s de comando de candidatos a prefeito. Mas já está claro que a forma de organização desses enxames se dá através do whatsapp, coordenados e centralizados por aliados de primeira hora e/ou familiares dos candidatos. A organização se dá através de comandos para atuação em massa e conjunta especialmente no Facebook, Instagram e grupos de whatsapp. É uma espécie de ‘Guardiões do Crivella’ só que de atuação propriamente virtual que visa a intimidação online e a fabricação de ‘verdades’.
Recentemente em uma matéria publicada pelo TEMPO NOVO, da qual trazia a informação de uma decisão judicial envolvendo um pré-candidato, foi observado a ação coordenada do ataque de enxame virtual, que tentou deslegitimar o conteúdo – classificando errônea e propositalmente como fake news, e distribuindo ofensas e informações difamatórias ao veículo de comunicação. Coincidentemente ou não, também observou-se tentativas de derrubar o site do Jornal Tempo Novo por meio de ataque DDoS.
Estes e outros ataques já observados, visam desacreditar e substituir o ambiente discursivo da democracia, presidido por uma razão comunicativa, por um enxame replicante de pequenos reinos de narrativas (fake news e pós-verdades), regidos pela dinâmica da guerra de versões, coordenadas e centralizadas. Não se busca a dialética, o entendimento e o esclarecimento e sim impor uma versão e destruir as versões indesejadas. Todos que intentam expressar uma versão diferente daquilo que é desejado passam a ser “os inimigos”.
Por isso, o TEMPO NOVO – fundado em 1983 como um levante local contra a ditadura militar brasileira, não vai se envergar a nenhuma forma de intimidação, e irá combater qualquer um que tente usar as liberdades democráticas contra a democracia. Perfis fakes serão sumariamente banidos das páginas oficiais do jornal, qualquer tentativa de espalhar desinformação aos leitores advindas de ações coordenadas por meio dos enxames, serão excluídos, e aqueles que optarem pela difamação e ofensas serão processados.
O Tempo Novo é um canal de debate de ideias, é um dos ambientes virtuais onde a Serra se encontra e que preza pela pluralidade de ideias natural a uma democracia. Estamos a todo momento passível de críticas, desde que sejam feitas de maneira respeitosa e imparcial. A liberdade de imprensa incomoda aos poderosos e pretensos poderosos, e vai continuar incomodando.
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