Vivemos em um planeta desigual, de seres humanos anormais, plantados em cima dos seus egos. Uma visão extremamente elitista, fingindo num olhar, num sorriso, num gesto, com uma maquiagem falsa, em um corpo normal.
A gente vê isto nos momentos mais plausíveis, em que estes seres desenvolvem algo que vem se somar aos seus interesses.
Estes elementos se fazem de despercebidos, esquecem que precisamos uns dos outros. Não analisam os fatos que fazem a história. Falam do popular, mas não são populares; dizem não gostar do poder, mas não o largam; dizem ter uma visão humana, mas as ações são desumanas; enfim, só visam ao interesse próprio, não conseguem ver o principal.
Não veem que na trilha de uma Vitória, não só os Doutores, não só os professores, não só os diplomatas, não só os que têm títulos são os prioritários de uma história…
Mas existe uma corrente para formar a fileira de uma construção, para não deixar cair um trabalho que venha trazer a educação.
Parabéns, Rogério! Parabéns, Clério Borges! Parabéns, Professor Irineu! Parabéns, Professor Valverde! Souberam muito bem conduzir a história do legado que é a Revolta do Queimado.
Senhores do momento, varões de uma história que não morreu e nem foi levada ao vento.
Parabéns em levar a bandeira e preservá-la, adubando a semente que agradecemos a um plantador, AFONSO CLÁUDIO. Dele partiu o flash de todo este levante.
Que não calou a boca de sérios militantes, muitos deles não são diplomados, não são doutores nem professores, mas tinham nas veias o sangue de lutar por uma liberdade em favor daqueles sofridos cativos.
Lembro muito bem de companheiros que há mais de 30 anos atrás deram os primeiros passos para que esta luta não morresse. Inclusive esta persona que vos escreve, dou graças ao Divino por ainda estar vivo.
Com certeza muitos queriam ter voz ou mesmo serem lembrados…
Porque não fazem parte deste documentário mostrando mais uma parte desta história…
Uma história que precisa ser eternizada…
Lembrem-se que os populares também têm vez, sem eles não se faz história.
Vocês, profissionais, produtores culturais, nunca se esqueçam de que em qualquer trabalho para uma transformação social, cultural, temos que estar atentos, para não cairmos no absurdo do poder, da prepotência, de achar que se faz tudo sozinho…
Isto para não menosprezar os mais simples, os autodidatas, porque os eruditos precisam deles!
SALVE A REVOLTA DO QUEIMADO!
O auto do texto é poeta Teodorico Boa Morte