Opinião do Leitor

Opinião: Medidas de restrição do Poder Judiciário: no que isso afeta os cidadãos?

O advogado Alexandre Dalla Bernardina é especialista em Direito Sucessório e Planejamento Patrimonial. Foto: divulgação

No dia 16 de março de 2021, o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, determinou que, a partir de 17/03/2021 , o Poder Judiciário retorne à primeira fase prevista no Ato Normativo n.º: 88/2020 do TJES, decretando o fechamento de setores para atendimento presencial ao público, a suspensão de todos os prazos processuais em processos físicos e a adoção de outras medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19.

De acordo com o advogado Alexandre Dalla Bernardina, especialista em Direito Sucessório e Planejamento Patrimonial, “o fechamento físico restringe consideravelmente a prestação da atividade jurisdicional e prejudica muito o prosseguimento dos processos, tendo em vista que a maioria absoluta do acervo é composta de processos físicos. A despeito das providências adotadas pelo Judiciário desde o início da Pandemia, o baixíssimo percentual de processos eletrônicos prejudica muito a prestação da atividade jurisdicional. Entretanto, algumas soluções paliativas adotadas por Magistrados e pelo Tribunal de Justiça, como Audiências e Sessões de Julgamento virtuais, revelaram-se extremamente exitosas e prosseguirão – ainda que parcialmente – após o isolamento social imposto pela pandemia”.

O TJES disponibilizou ainda a relação com todos os canais de comunicação pelos quais o jurisdicionado e os advogados podem manter contato sempre que necessário, mas é inegável o prejuízo a atividade jurisdicional, aos Advogados e aos cidadãos em virtude da morosidade advinda de fechamento de fóruns em um Judiciário ainda caracterizado pelo estigma de uma maioria absoluta de processos físicos.

O momento deve ser propício, contudo, para ensejar uma reflexão da própria atuação profissional no ambiente jurídico, ainda caracterizado por considerável grau de litigiosidade. Espero que este difícil momento sirva de inspiração para que todos, partes e profissionais de direito, reflitam sobre os benefícios e vantagens de métodos alternativos de solução de conflitos, como a mediação. Aliás, apesar dos nefastos efeitos advindos da Pandemia, desde o ano passado observamos um vertiginoso aumento de solução de conflitos de forma extrajudicial, ou seja, sem a intervenção do Judiciário.”

Redação Jornal Tempo Novo

O Tempo Novo é da Serra. Fundado em 1983 é um dos veículos de comunicação mais antigos em operação no ES. Independente, gratuito, com acesso ilimitado e ultra regionalizado na maior cidade do Estado.

Últimas postagens

Incrível Cervejaria agita Bicanga com programação especial de fim de ano

A Incrível Cervejaria promoverá shows, happy hours com chopps e promoções exclusivas. Crédito: Divulgação A Incrível Cervejaria Artesanal, em Bicanga,…

11 horas atrás

Mortes no trânsito da Serra aumentam e cidade lidera ranking estadual

A Serra segue como a cidade com o maior número de mortes no trânsito no estado, somando 61 óbitos nos…

11 horas atrás

Serra vai se tornar a capital do Espírito Santo nesta quinta-feira (26)

A Serra vai se tornar a capital do Espírito Santo nesta quinta-feira (26). Crédito: Divulgação A Serra, maior cidade do…

12 horas atrás

Festa de São Benedito continua na Serra com puxada e fincada do mastro

A puxada e a fincada do mastro de São Benedito chega este ano a 179 anos de fé e tradição…

12 horas atrás

Equipe de transição de Weverson entrega relatório e destaca organização financeira da Serra

Nesta segunda-feira (23), a equipe de transição de mandato do prefeito eleito Weverson Meireles (PDT) concluiu o relatório final, formalizando…

1 dia atrás

Defesa Civil emite alerta de chuvas intensas no ES e assusta moradores; entenda o aviso

Alerta da Defesa Civil para risco de chuvas intensas foram enviadas para milhares de celulares e smartphones. Crédito: Divulgação A Defesa…

1 dia atrás