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Órgãos e entidades reagem contra a extinção do Ministério do Meio Ambiente

O anúncio da fusão foi feito pela equipe de Jair Bolsonaro na última terça-feira (30). Foto: Agência Brasil

O anúncio feito pela equipe de Jair Bolsonaro na última terça-feira (30) confirmando a extinção do Ministério do Meio Ambiente e com a incorporação da pasta ao Ministério da Agricultura gerou forte reação no país e no estado.

Uma delas é do próprio ministro do Meio Ambiente,Edson Duarte, que publicou nota nesta quarta-feira (31) em nome do órgão que a medida vai gerar dificuldades operacionais que podem resultar em danos para as políticas agrícolas e de proteção à natureza. A nota ainda deixa claro que a economia nacional sofreria, especialmente o agronegócio, diante de uma possível retaliação comercial por parte dos países importadores.

“Além disso, corre-se o risco de perdas no que tange a interlocução internacional, que muitas vezes demanda participação no nível ministerial. A sobrecarga do ministro com tantas e tão variadas agendas ameaçaria o protagonismo da representação brasileira nos fóruns decisórios globais”, diz a nota assinada por Duarte.

Antes da votação do 2º turno oito ex-ministros da pasta assinaram texto publicado na Folha de São Paulo criticando duramente a medida. Que também foi alvo do atual ministro da Agricultura e um dos maiores ruralistas do país, Blairo Maggi, que considerou a fusão “algo perigoso a se fazer”. 

No Espírito Santo não foi diferente. O Instituto Últimos Refúgios, entidade não governamental dedicada à proteção ambiental, considera a situação preocupante. “É importante ficarmos todos atentos. Precisamos preservar nossas florestas e oceanos para que possamos continuar existindo como espécie. Enfraquecer a representatividade de órgãos responsáveis pela proteção ambiental passa longe de ser progresso”, diz o texto publicado nesta quarta-feira (31) página do Instituto no Facebook.

A OngSOS ES Ambiental também se pronunciou sobre o assunto nesta quarta-feira (31). Em uma publicação nas redes sociais, a entidade se disse totalmente contra a fusão dos ministérios. “Independente de qual lado você apoiou nas eleições, foi divulgado que o futuro governo federal pretende fundir os Ministérios de Agricultura e Meio Ambiente. Sabemos que a pauta ambiental é vital para a manutenção do nosso clima, nossa bacia hidrográfica, o que afeta inclusive a geração de energia elétrica, indústria e comércio. Não podemos misturar os interesses dos agricultores com o Meio Ambiente”, diz a publicação.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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