A obesidade, aliada à falta de exercícios físicos, tem sido a grande vilã na terceira idade. Nos consultórios geriátricos, a prevalência de idosos acima do peso é grande, e as consequências para a saúde são as piores possíveis. Há maior incidência de doenças como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial, diabetes, doenças biliares e alguns tipos de câncer. Além disso, a obesidade pode acelerar o processo de doenças crônico-degenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
A geriatra do Hospital Metropolitano, em Laranjeiras, na Serra, Caroline Pupim explica que a obesidade em pessoas com mais de 60 anos causa complicações metabólicas ainda mais graves. Segundo ela, com o envelhecimento há uma perda progressiva da massa magra e o aumento da proporção de gordura corpórea, além da diminuição da estatura, relaxamento da musculatura abdominal, cifose (desvio da coluna que caracteriza a corcunda) e alteração da elasticidade da pele.
Pesquisas apontam que existem indícios de que algumas complicações mais comuns em obesos, como diabetes e derrames, aumentam as chances de demência e, por isso, pessoas com excesso de peso estão mais propensas ao Alzheimer. Além disso, o excesso de gordura no corpo aumenta os níveis de substâncias inflamatórias no sangue, que podem afetar as funções cognitivas.
Seminário
Pensando nestes problemas, especialista do Hospital Metropolitano realizam na Semana do Idoso, o seminário “Corpo, tempo e saúde: formas de viver e ser na velhice”.
A programação será na quarta-feira (7) das 13h30 às 17h, no Espaço Metropolitano de Eventos.
Qualquer pessoa pode participar, tirar dúvidas e debater sobre o assunto com especialistas da área. Mais informações: 2104-7266.