Basta a temperatura cair um pouquinho para que as doenças respiratórias ataquem com mais força a saúde de muitas pessoas. Tosse, espirros, nariz entupido são apenas alguns dos sintomas que tomam conta da população nas estações mais frias do ano.
Segundo a médica pneumologista e especialista em medicina do Sono, Jéssica Polese, durante o outono e o inverno, doenças como alergia, asma e pneumonia são as mais recorrentes entre os pacientes. O tempo seco, característico da época, também é outro fator que contribui para o aumento de casos de doenças respiratórias.
A alergia de inverno, uma das mais populares, geralmente é causada por baixa imunidade ou pela genética, mas pode ser agravada em pacientes que têm contato com mofo e poeira. “Os sintomas mais comuns são tosse, coriza, irritação nos olhos, na garganta e até mesmo na pele”, elenca Jéssica Polese. Já a asma, outra doença muito comum nessa época, acomete ao menos 20 milhões de brasileiros e causa o congestionamento dos brônquios, impedindo que o ar chegue até os pulmões.
Quem tem crianças e idosos na família deve ficar atento também à pneumonia, já que esses grupos têm mais riscos de desenvolver a doença. Os sintomas mais frequentes são tosse, febre alta, calafrios, palidez e forte dor no tórax, fazendo com que às vezes a doença seja confundida com uma gripe ou resfriado. Mas se não tratada corretamente, a pneumonia pode trazer complicações. “A pneumonia pode atingir os pulmões inteiros ou em partes. Dependendo do grau a que a doença chegue, ela requer uma rápida hospitalização do paciente para o início do tratamento”, explica a especialista.
Entre as dicas para evitar as doenças respiratórias nesse período, a pneumologista Jéssica Polese recomenda evitar locais aglomerados e fechados e beber bastante água para manter o organismo hidratado. Outra recomendação importante é manter a casa sempre limpa. “Pessoas que já possuem problemas respiratórios devem evitar contato com mofo e poeira, por isso é importante higienizar corretamente tapetes, sofás, almofadas, e bichos de pelúcia”, ressalta a médica.