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Pacientes oncológicos ficam mais expostos a infecções e devem se proteger no inverno

O inverno, oficialmente, vai até setembro e, apesar de as temperaturas não terem caído drasticamente em 2024, os pacientes oncológicos precisam tomar cuidados e manter a vigilância. Neste período do ano, aumenta a circulação dos vírus respiratórios, o que pode ser mais perigoso para as pessoas em tratamento contra o câncer.

“Algumas medicações utilizadas no tratamento da doença também afetam outras células do organismo, como as do sistema imune. Por isso, os pacientes podem ficar imunossuprimidos, ou seja, com os anticorpos enfraquecidos ou em número reduzido. Nessa condição, o indivíduo fica mais vulnerável a infecções, seja por bactérias, seja por vírus”, explica a oncologista clínica Juliana Alvarenga.

Mesmo que o inverno deste ano não tenha como característica principal as baixas temperaturas, a amplitude térmica da época e a redução da umidade do ar já servem de alerta para a saúde dos pacientes que lidam com o câncer.

“Há uma preocupação com os vírus, principalmente com os que interferem no sistema respiratório, como o da influenza. Também não se pode descartar o vírus da Covid-19, que continua circulando e sofrendo novas mutações”, alerta o hematologista Douglas Covre Stocco.

Devido a esse cenário, as pessoas em tratamento contra as neoplasias malignas devem tomar precauções extras para prevenir infecções e manter a saúde em dia. Essas medidas, inclusive, valem tanto para quem trata tumores sólidos quanto para quem está com algum tipo de câncer hematológico, tratados pelo hematologista.

“Manter-se bem agasalhado, com o uso de roupas de frio, luvas, gorros e pantufas, é fundamental. É importante evitar locais com aglomerações de pessoas e pouca circulação de ar. Mas, se a presença nesses ambientes for inevitável, é altamente recomendável o uso de máscara, que ajuda a impedir possíveis contaminações por vírus respiratórios”, orienta Stocco.

Além dessas medidas, os médicos também orientam que seja feita a higienização das mãos, um hábito preventivo importante, uma vez que, ao levá-las ao nariz e à boca, os pacientes podem se contaminar.

Sintomas

Mesmo tomando todos os cuidados, alguns pacientes podem ser afetados por infecções respiratórias. Por isso, além da prevenção, também é importante ficar alerta aos sintomas, que podem ser mais graves em pacientes oncológicos.

“Caso o paciente desenvolva febre ou apresente sinais como tosse, espirros, secreção e falta de ar, ele deve procurar o serviço de saúde imediatamente. Além disso, ele deve comunicar a ocorrência desse quadro ao seu médico de referência o mais rápido possível, pois, em pessoas imunossuprimidas, essas infecções podem evoluir para maior gravidade, em função do enfraquecimento dos anticorpos”, afirma Alvarenga.

Vacinação

Nessa época do ano, as campanhas de vacinação, especialmente contra a influenza, convocam a população a se vacinar. Os imunizantes também podem ser aplicados nos pacientes oncológicos, desde que observado qual o tipo de vacina será ministrado.

“As vacinas com vírus inativado podem ser tomadas por quem está em tratamento, mas aquelas com o patógeno atenuado devem ser evitadas, por conta da imunossupressão” , explica Alvarenga.

“Os imunizantes contra a influenza e a vacina pneumocócica com vírus inativado são importantes para ajudar a proteger os pacientes de infecções comuns nessa época do ano. Quanto à vacina contra a covid, é importante observar se há disponibilidade de opções com o vírus inativado para aplicação. Na dúvida, procure seu médico”, complementa a oncologista.

Cuidados dos familiares

Os familiares também têm um papel fundamental na proteção dos pacientes oncológicos. Eles devem estar atentos aos próprios sintomas de infecção e evitar contato próximo, caso apresentem qualquer sinal de doença. A vacinação contra gripe e Covid-19 também é recomendada para todos os membros da família, pois ajuda a criar uma barreira protetora em torno da pessoa que está com câncer.

Além disso, é essencial que os familiares mantenham hábitos de higiene rigorosos, como lavar as mãos frequentemente e desinfetar superfícies de uso comum. Evitar locais com aglomerações e garantir que o ambiente doméstico esteja bem ventilado também são práticas importantes para reduzir o risco de transmissão de infecções.

Redação Jornal Tempo Novo

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