Por Ayanne Karoline
Domingo (09) é dia dos pais. Embora não estejam nos quadrinhos ou nas telonas, muitos deles são super heróis. Que o diga a assistente fiscal Amanda Lemos Vieira, de 22 anos. Por trás do rosto infantil, a moradora de Jacaraípe esconde uma história triste, mas de superação. Ao lado do pai, ela enfrentou a morte da mãe quando tinha apenas sete anos.
O pai também foi o porto seguro de Amanda quando ela descobriu uma leucemia, em 2013, após problemas numa gravidez. Ela perdeu o bebê. Em 2014, Amanda foi submetida a um transplante de medula óssea, em São Paulo, procedimento que foi bem sucedido. “Preciso do meu pai e ele de mim. Nosso relacionamento é uma via de mão dupla, a gente se ajuda o tempo todo”, destaca.
Luiz Antonio Ferreira Vieira, pai de Amanda, conta que sempre sonhou com uma filha menina. “A primeira palavra que ela falou foi pai. Pela importância que temos um na vida do outro, todo sentimento é recíproco. Meu maior presente é ela”, conclui.
A recepcionista de Jacaraípe, Helenice Cristina Ribeiro, foi adotada quando ainda estava na barriga de sua mãe biológica. Ela conta que a ligação com seu pai sempre foi muito forte, mesmo não sendo pai de sangue. Para se ter ideia, ele abriu uma escola só para a filha estudar perto dele. Quando ela mudou de escola, por causa da idade, ele começou a trabalhar com ônibus escolar para não perdê-la de vista.
Tanto amor que também foi compartilhado à distância. Quando a filha se mudou para Portugal, João Mesquita logo arrumou um jeito de ficar mais pertinho. “Ele aprendeu a mexer no computador sozinho, só para entrar no MSN e falar comigo”, conta a filha. Neste dia dos Pais eles também se falarão à distância, já que o pai mora no Rio de Janeiro. “Ele também já aprendeu a falar pelo WhatsApp, então vamos trocar mensagens”, comenta Helenice.
Na família de João Pedro Oliveira Rodrigues, conhecido como Somália, a diversão é garantida com o Jiu-Jitsu. O pai é lutador e professor do esporte. Nada mais natural que seus filhos, Oliver e Nathan Oliveira, de 3 e 2 anos, também fossem fãs.“ Já tentamos colocar na natação, judô e outras modalidades. Mas não adianta. Eles são apaixonados igual a mim. Quando levo eles para os treinos é uma festa”, conta Somália.