Caio Dias
É tradição no Espírito Santo. Todo ano, na Semana Santa, a torta capixaba é a protagonista na mesa de muitas famílias do Estado. E os principais ingredientes desta iguaria são os pescados e o palmito. Mas aí vai uma alerta para quem consome: por motivo de proteção às espécies em risco de extinção, há tipos de palmitos e pescados que estão proibidos.
Dos pescados que entram na torta, não poderão ser usados os camarões rosa, sete barbas, branco, santana ou vermelho e barba ruça. As espécies estão em defeso. Por isto a captura e venda estão proibidas em todo o estado até o próximo dia 31 de maio. Já o caranguejo uçá, também usado em algumas receitas, está liberado. O defeso do bicho acabou na última segunda-feira (03).
Quanto ao palmito, está proibida a venda da espécie Juçara, nativa da Mata Atlântica e que está ameaçada de extinção. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura da Serra, há trabalho de fiscalização nos pontos de venda do produto no município.
A assessoria informou que para vender palmito em pontos a céu aberto na cidade, o comerciante precisa se cadastrar e pagar uma taxa de R$ 189. E são obrigados a apresentar nota fiscal do produto. Fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Urbano circulam pelos locais de venda, durante o período de comercialização, para verificar a documentação. No último dia 01 de abril houve uma ação e não foram encontradas irregularidades.
Também há fiscalização por parte da Polícia Ambiental. Nestes dias que antecedem a Páscoa, já estão sendo vendidos os palmitos no terreno ao lado do Terminal de Laranjeiras, na área da feira livre na Serra-Sede, na entrada de Nova Almeida, na peixaria de Jacaraípe, perto do posto de gasolina em José de Anchieta e na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes (área do Dalmerry) também em Jacaraípe.