O grupo que se rebelou contra o presidente da Câmara da Serra – Rodrigo Caldeira – já montou a estratégia para fritar o atual comandante. A manobra passa pela antecipação da eleição da Mesa Diretora, que consta no Regimento Interno da Câmara para novembro, mas pode ocorrer na semana que vem.
O grupo de oposição a Caldeira é liderado pelo ex-aliado e ex-controlador geral da Câmara da Serra, Fabrício Alves de Oliveira, popularmente conhecido como Fabricinho e pelo vereador Saulinho da Academia, que deve ser o escolhido como candidato a presidente pelo grupo.
Pautados pelo artigo 294 do Regimento Interno, que dá autonomia para que 1/3 dos vereadores proponha mudanças nas regras internas, deve ser apresentando um projeto que altera o artigo 14, do mesmo Regimento, do qual define a data da eleição da Mesa Diretora para a segunda quinzena de novembro.
Essa proposta de mudança pode ser apresentada por oito dos 23 vereadores que compõem o plenário. O projeto já está pronto e define a nova data da eleição para o dia 13 de julho, ou seja, quarta-feira da semana que vem.
Para que isso se torne regra, 2/3 dos vereadores teriam que aprovar, ou seja, 12 parlamentares. O grupo de oposição é composto por 14, número suficiente para aprovar a mudança. A questão que ainda está pegando é que apesar dos vereadores já terem votos para propor e aprovar a antecipação da eleição, eles não têm o poder de pautar, que está restrito ao próprio Caldeira.
Resumindo, em tese, somente Caldeira poderia pautar o projeto que permitiria com que ele mesmo fosse fritado na presidência. Agora, entram em campo as teses jurídicas que vira e mexe surgem na Câmara podendo aparecer movimentações bem inusitadas.
Rodrigo ainda detém o controle do rito legislativo e possui uma base de vereadores que confere a ele algum suporte. No entanto, com o projeto que altera o Regimento e antecipa a eleição interna, o jogo deve engrossar ainda mais e pressionar o presidente da Câmara a tomar alguma atitude.
Tudo isso, em um contexto ainda pré-eleitoral, em que Caldeira articula uma candidatura a deputado federal. E é exatamente essa que é uma das variáveis mais relevantes. Isso porque o presidente tem que segurar a ‘peteca’ até após a eleição geral, já que se a oposição conseguir antecipar a pleito interno da Câmara, Rodrigo perde muita força que pode redundar em queda na votação para deputado federal.
Na prática, apesar de administrativamente não mudar nada, uma vez que o próximo presidente só assume ano que vem, Rodrigo pode perder densidade, musculatura e a chamada expectativa de poder, uma vez que se o meio político já souber quem será o novo presidente para 2023-2024, este agirá como uma sombra a Rodrigo, cercando o atual presidente em suas amarras pré-eleitorais e desfazendo articulações com a garantia da assunção do cargo em 2023; transformando Rodrigo em uma espécie de ‘Rainha da Inglaterra’ na Câmara da Serra.
De acordo com os dados da Central Estadual de Transplante do Espírito Santo, atualmente 1.000 esperam por rim, 301 por…
Bloco de Rua/ Foto: Leandro Pereira A Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (Setur), por meio da Comissão de…
Entre as lojas participantes estão perfumarias, cosméticos, lojas de departamento, óticas e calçados, todas com produtos a preços reduzidos para…
Divulgação PCES A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) concluiu, nesta quinta-feira (16), o inquérito que investigava a…
O Governo do Estado promoveu um encontro com prefeitos eleitos para apresentar o Pacto pela Educação. O programa prevê o…