Por Conceição Nascimento
“Para o bem da cidade”. Este é o entendimento de lideranças políticas sobre uma eventual aproximação entre o ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) e o atual, Audifax Barcelos (PSB), tendo em vista atrair investimentos e fortalecer a liderança política municipal no Estado. Mas o ponto nervoso em comum é que a disputa eleitoral do ano que vem é o grande entrave.
Aliado do deputado federal Sérgio Vidigal, o vereador Nacib Haddad (PDT) o parlamentar se colocou à disposição da cidade, enquanto mandatário. “Institucionalmente não tem problemas em atender ao município. Mas não existem conversas para o entendimento político entre ambos”, contou.
O também vereador Guto Lorenzoni (PP) disse que avalia a boa política com a junção das forças expressivas da cidade. “É importante o olhar das forças políticas visando o desenvolvimento sustentável da cidade. Gostaria de ver a aproximação entre o prefeito e o deputado federal para o crescimento da Serra”, observou.
Presidente municipal do PSD, Flávio Serri lembra da atuação dos dois líderes, ainda aliados, até 2008. “Com o grupo dividido só quem perde é a cidade. O sentimento do PDT e do PSB é para disputar as eleições e, para que a briga acabe um dos dois tem que ceder”, avaliou.
Presidente do Sindicato dos Servidores da Serra e pré-candidato a prefeito pelo PRTB, Osvaldino Luiz Marinho disse que não é de se estranhar se Audifax e Vidigal selarem a paz. “Os dois se completam, um como técnico e o outro como político, mas não acrescentam mais nada ao município, estamos indo para oito anos perdidos; a Serra não tem dono e está na hora de oxigenar a política local”, contou.
Deputado federal com domicílio eleitoral na Serra, Carlos Manato (SD) diz que “quando for bom para a Serra os dois têm que caminhar juntos, mas eleitoralmente não acredito em acordo, já que os dois querem ser prefeito”, avaliou o deputado.
Por meio de sua assessoria, o governador Paulo Hartung (PMDB) disse que “não está comentando esse tipo de situação que, eventualmente, pode envolver processo eleitoral”. Acrescentou ainda que a “nossa posição oficial é que não vamos comentar o tema”