Por Conceição Nascimento
Recentemente a Petrobras anunciou que irá transferir a unidade situada no Terminal Industrial Multimodal da Serra (TIMS) para Macaé, no Rio de Janeiro, fechando mais de mil postos de trabalhos diretos e indiretos e trazendo impactos para a economia da cidade. Situação que, pelo andar da carruagem, os políticos capixabas não vão conseguir reverter.
O vice-governador César Colnago (PSDB) disse que “a expectativa era de ampliação de postos para aproximadamente mil. Com a transferência, isso tudo pode ser jogado no chão. A situação é fruto dos desacertos de uma hemorragia provocada na empresa”, comentou Colnago.
O deputado federal Paulo Foletto (PSB) avalia que “o envolvimento na corrupção; a má administração e o valor do petróleo quebraram a Petrobras. Pode até acontecer tentativas da bancada federal para proteger o Estado, mas estas são decisões técnicas”, adiantou.
O deputado Carlos Manato (SD) lembrou que a companhia está cortando custos. “Neste corte de 30 bilhões que houve para investimentos, essas medidas devem acontecer. Só em fevereiro será possível fazer alguma movimentação com a bancada, mas é difícil reverter, pois é uma decisão que vem de cima”, disse Manato.
O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) diz que soube da possibilidade de saída da petrolífera e iniciou uma conversa com o governador Paulo Hartung (PMDB) no sentido de trabalhar para manter a unidade na Serra.
“Além disso, também estamos dialogando diretamente com a Petrobras para que a estatal mantenha sua estrutura em nossa cidade”, disse.
O que a serra perde
A unidade ocupa uma área de 230 mil metros quadrados no TIMS e desenvolve atividades de armazenamento de equipamentos e insumos usados no trabalho offshore, empregando diretamente 170 pessoas.