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Para Rodrigo Caldeira, investigação é legítima e acusações do prefeito são “calúnias”

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Caldeira nega que tenha feito pedido e diz que Audifax está muito preocupado com investigações. Foto: Gabriel Almeida

Conceição Nascimento/
Gabriel Almeida/ Yuri Scardini

Apontando legitimidade para investigar o prefeito e insinuando que Audifax está “muito preocupado”, o presidente da Câmara da Serra, Rodrigo Caldeira (Rede), se defende das acusações. Ele afirma que “não existe” crime organizado no município e que este é um movimento de 16 vereadores que “acordaram”. Salientou, ainda, que “não há interferência externa” dentro da Câmara.

A reportagem do Tempo Novo ouviu o parlamentar na última quarta-feira (03). Questionado sobre as afirmações de que haveria se instalado uma rede de crime organizado no Legislativo municipal, ele diz se tratar de “ataques de calúnia”.

“Depois que nós instalamos a CPI (da Saúde), o prefeito veio para cima de nós, 16 vereadores. Hoje, o ataque de calúnia e difamação é virado para mim, até por estar na presidência. Não existe crime organizado; nós só estamos fazendo o nosso papel, que é fiscalizar. Os vereadores acordaram e, pelo jeito, ele (Audifax) está muito preocupado com as investigações. Será que o crime organizado não está instalado lá? Nós vamos fiscalizar e esperamos que não tenha nada. Mas se tiver alguma coisa, vai ter que pagar”, dispara Caldeira. 

O presidente nega que tenha feito pedidos para interferir na PPP do Lixo e em favor de uma empresa para receber um pagamento prescrito. “De maneira nenhuma. Ele (Audifax) falou que já tomou as medidas na Justiça; então, ele que prove na Justiça. Vamos aguardar”. 

Perguntado se as denúncias de supostas irregularidades fiscais feitas pelo motorista Daniel Ribeiro Luz teriam embasamento para abrir oito frentes de investigação, Caldeira disse que cabe ao prefeito se defender. “Quanto a ex-assessor, motoristas… Isso eu desconheço. Eu sei que foi um morador que chegou e fez a denúncia. Então nós pegamos, acatamos, jogamos no plenário e foi aprovado. Cabe a ele se defender”, avaliou.

Na última terça-feira (02), a juíza Telmelita Guimarães suspendeu as comissões de investigação na Câmara, apontando irregularidades nos ritos legais.

A reportagem questionou se haveria interferência externa nos movimentos de investigação ao prefeito e citou o ex-deputado e ex-conselheiro afastado do Tribunal de Contas, Marcos Madureira, que foi candidato a deputado estadual em 2018 com apoio de Caldeira e do grupo de vereadores.

“Olha só, eu apoiei Madureira politicamente, como alguns outros vereadores, inclusive o líder do prefeito (Luiz Carlos Moreira). Então, eu não tenho relação nenhuma com ele. Relação de amizade, de trocar telefone, de conversar, nenhuma. Isso não procede; é um monte de conversa fiada, falácias”, finalizou. 

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