Para supersoldado a ‘guerra’ na Grande Vitória é a mais tensa

Por Clarice Poltronieri

Um serrano faz parte da elite policial brasileira. Trata-se do morador da Serra-sede, Deyvid Pimentel, de 29 anos. Há sete meses o jovem ingressou na Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), grupo que reúne a nata da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares do Brasil. Deyvid também é policial militar da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas) há seis anos.

Apesar das situações tensas que enfrente durante as operações da Força Nacional, os maiores riscos que viveu foram com a Rotam na Grande Vitória durante tiroteios com bandidos e operações para prender traficantes.

Deyvid conta como foi para ingressar nestes grupos de Elite. “Para entar na Rotam eu fiz um curso dentro da Polícia Militar. Já para a FSPN, fizemos uma seleção e só os quatro primeiros colocados foram enviados. Eu fui o primeiro. O processo faz levantamento de ficha criminal e estado de saúde, seguido por teste de aptidão física. Depois, fomos a Brasília fazer um curso de nivelamento de um mês com policiais de todo país. Foi engrandecedor conhecer tantas culturas diferentes”, destaca.

Com a Força Nacional, ele já participou de uma operação no Mato Grosso e atualmente está em Teresina, Piauí. “No Mato Grosso atuei em uma frente contra o desmatamento junto ao Ibama. No Amazônia se vê muita mata e de repente aparece uma cidade no meio dela. Lá prendemos pessoas e materiais. Inibir o desmatamento é sempre arriscado”, lembra.

Saudade

Já em Teresina, ele atua numa frente destacada para reduzir o índice de criminalidade. A Força Nacional está lá há dois meses apoiando o patrulhamento das ruas. “É uma experiência enriquecedora. Mas a saudade de casa sempre aperta, principalmente da esposa”, confessa Deyvid que é recém-casado e nesses sete meses veio apenas duas vezes visitar a família e os amigos.

Além de todas essas atividades, ele ainda dá treinos físicos, pois é bacharel em Educação Física. “Na Rotam faço parte da comissão de aplicação de Teste de Aptidão Física (TAF) e já fui instrutor físico, tanto na Rotam, quanto na Força Nacional”, finaliza.