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“Paralisar Samarco está gerando uma penalização absurda da população”

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O senador Sérgio de Castro aposta numa reaproximação entre Vidigal e Audifax. Foto: Divulgação

Yuri Scardini

Em 10 de julho de 1972, quando a Serra tinha 17 mil habitantes, Sérgio Rogério de Castro (PDT) fundava a Fibrasa, primeira empresa do Civit. Após 45 anos a empresa se posiciona entre os grandes empreendimentos do Estado. O empresário, que acalentava o sonho de ingressar na política, acaba de assumir interinamente o mandato de senador, diante da licença de 120 dias do titular do cargo, Ricardo Ferraço (PSDB). Nesta entrevista,  Castro defende a reaproximação do prefeito Audifax Barcelos com o ex-prefeito, o deputado Sergio Vidigal. Também diz que as empresas vão ter que se adaptar a escassez de água e defende a retomada das atividades da Samarco. Defendeu ainda que o governador Paulo Hartung é a melhor opção para a presidência do Brasil.

[TN]Quais são as bandeiras e qual legado que o senhor quer deixar como senador?

[SÉRGIO ROGÉRIO DE CASTRO] Estamos caminhando. Existem indicadores de que a recessão passou. Mas a solução parece que está marcada para outubro de 2018. Só vamos superar isso, se nós brasileiros, votarmos melhor.

A Serra já foi a menina dos olhos dos empresários, mas hoje compete com várias cidades. Como fazer que a Serra volte a ser a locomotiva econômica do ES?

Precisamos de mais união política. Se acontecer, voltaremos a ser o município com maiores resultados de geração de riqueza e justiça social.

O senhor prega a união entre o prefeito Audifax (Rede) e o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT). Como isso impactaria na Serra?

De todas as maneiras. Já estiveram juntos no passado em um período que começou caótico, no primeiro mandato de Vidigal. Saiu do caos para o brilhantismo; teve o segmento do Audifax e, infelizmente, o rompimento aconteceu, mas eu tenho uma esperança muito grande de que esse reencontro aconteça o mais breve possível.

Quais as soluções para a dificuldade de oferta de água no ES?

Sem água nenhum negócio prospera. As empresas vão ter que se adaptar a escassez de água. Mas vejo mudanças. Percebo que o Governo Paulo Hartung tem trabalhado com foco nesse problema.

O senhor acredita na possibilidade do governador Paulo Hartung (PMDB) ter algum papel de destaque na eleição presidencial do ano que vem?

Em 2006 eu recebi uma homenagem, da Confederação Nacional da Indústria, e no meu discurso, lancei o governador Paulo Hartung para presidente da República. Estou com essa bandeira há mais de 11 anos. O Brasil iria crescer no estilo da China nos seus melhores momentos.

 Qual a expectativa para a retomada das atividades da Samarco e quais os impactos da paralisação na Serra?

 Deve acontecer no primeiro trimestre de 2018. O acidente da barragem da Samarco provocou 19 vítimas humanas, uma perda muito grande. Mas a ação de paralisar a Samarco está gerando uma penalização absurda da população. Especialmente na geração de emprego. Na Serra o núcleo da área de metalomecânica está sofrendo muito. Não queremos aliviar eventuais irresponsabilidades, mas a empresa precisa funcionar.

Como o senhor avalia os trabalhos da Fundação Renova frente os impactos ambientais e sociais no rompimento da barragem?

Uma coisa boa que nasceu de um desastre foi esse comprometimento de injetarem cerca de R$ 30 bilhões em 30 anos. Nós sabemos que o Rio Doce já estava morto há muito tempo. Dificilmente conseguiríamos um recurso desse tamanho. A Fundação faz relevante serviço.

A Findes acolheu em seus quadros o ex-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. Como o senhor avalia?

O Ricardo Vescovi era um dos executivos mais premiados do ES; O acidente aconteceu com ele como presidente. Ele está respondendo alguns processos, mas não tem  nada que diga que ele foi o responsável. Se houve alguma negligência dentro da empresa, a probabilidade que tenha passado pelo Ricardo Vescovi, na minha opinião pessoal, é muito pequena.

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