A Serra tem representante garantido na etapa do Brasileiro de Tiro Esportivo, que acontece em agosto, em Brasília. É a paratleta Eloisa Miranda Fernandes, de 36 anos, que mora em Jacaraípe. Além de buscar medalha, sua meta é ficar entre as três melhores colocações no ranking nacional da modalidade. E sua rotina de treinos tem sido constante para chegar bem à competição. São três vezes por semana no Clube Álvares Cabral, do qual elas faz parte, e duas vezes em Jardim Carapina.
Eloisa tem paraparesia – que é a perda parcial dos movimentos nos membros inferiores – e pratica o tiro esportivo há cinco anos. “Em 2015, participei da minha primeira competição. Mas digo que foi o tiro esportivo que me escolheu”, conta a paratleta, que, antes de ingressar nesse esporte, praticava natação. “Tive uma lesão no ombro após voltar de uma etapa do Brasileiro e me afastei da natação. Se quisesse voltar a nadar, eu deveria fazer uma cirurgia no ombro”, disse.
Caso continuasse o tratamento, Eloisa poderia ficar em recuperação com o ombro paralisado por três meses. “Como ando de cadeira de rodas, achei bem difícil ficar assim, pois dependo do meu braço para tudo. E a cirurgia poderia dar errada ou não. Então, decidi parar de nadar”, revelou. Foi aí que uma outra porta do esporte se abriu para Eloisa: a do tiro esportivo. “Quando veio a oportunidade de parar de nadar, pensei: tenho o desejo de fazer parte da seleção brasileira num esporte de alto rendimento. Eu não queria abrir mão disso. E a oportunidade foi no tiro esportivo. Decidi agarrá-la com unhas e dentes e ver como vou me sair nisso”, refletiu Eloisa, à época.
E o tiro foi certeiro. Em sua primeira competição oficial – uma etapa do Brasileiro -, Eloisa conquistou uma medalha de bronze, mas não parou por aí. “Viajei para vários lugares com a Seleção Brasileira, ganhei uma medalha de prata por equipe nos Emirados Árabes em 2018 e na França também. Nesse ano, fui a Dubai novamente e competi na Copa do Mundo”, conta a paratleta.
Eloisa realiza diversas provas no tiro esportivo: Pistola de ar Feminino, em que ficou na 1ª colocação no ranking nacional em 2018; Pistola Standard, com a 2ª colocação no ranking do mesmo ano; Pistola Sport 25m, em que foi a 2ª colocada também no ano passado; e Pistola Livre 50m.
A paratleta alerta para o preconceito sobre esse esporte no Brasil e no estado. “As pessoas confundem muito o tiro prático – que é de combate, de saque de arma – com o esportivo, que é a modalidade olímpica. Este é o tiro de precisão. A gente não saca a arma e atira. Temos que respirar, nos concentrar, entrar na posição de tiro para acertar o centro do alvo”, salienta Eloisa. Segundo ela, o preconceito existe porque é uma modalidade que não faz parte da cultura brasileira.
A falta de apoio também é outro ponto negativo para o crescimento do tiro esportivo. “Estamos buscando o crescimento dessa modalidade olímpica. Na Serra, não existem stands de tiro olímpico, mas sim clubes que ensinam e praticam o tiro de combate, o prático. No ES, o único que incentiva o tiro olímpico é o Álvares Cabral, onde estou desde quando iniciei. A gente precisa se preparar dobrado para crescer e até levar ‘não’ dentro do próprio esporte, porque às vezes as confederações têm que abrir mão de atletas por falta de investimento para leva-los em competições fora”, relata a Eloisa.
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