Parque Yahoo fecha as portas e pode virar projeto imobiliário

Yahoo Park fechará suas portas até o dia 1º de maio e pode se tornar um empreendimento imobiliário no futuro. É o que afirma José Murilo Coutinho, sócio-proprietário do Grupo Yahoo.

O grupo está convocando os sócios que adquiriram títulos vendidos entre 2002 e 2005, cujo contrato oferecia entrada gratuita até 2020 para quem pagasse cinco anos de manutenção adiantados.

Para quem tem esse tipo de contrato, Murilo diz que será feita a devolução do valor proporcional a esses cinco anos em que o parque não atenderá. Para isso, basta se dirigir à administração do Yahoo com o contrato e o documento de identificação.

Quanto aos funcionários do parque, Murilo garante que serão reaproveitados em outras empresas do grupo. Sobre os equipamentos, serão vendidos ou transferidos para outros parques. O que ficar, será sucata. Já as piscinas, serão esvaziadas e futuramente aterradas. Ele garante que não há risco de acúmulo de água, por conta das tubulações existentes, mas que haverá vigília constante no local até que as mesmas sejam destruídas.

“Quando um empreendimento deste porte está para fechar, surgem muitos boatos. Ainda não está definido o que será feito com área, quando for desocupada, mas é possível que o lugar se torne um empreendimento imobiliário, pois tem potencial para isso e não queremos estagnar o crescimento da cidade”, afirma Murilo.

São 180 mil m² de área, das quais 122 mil m² podem ser construídas. O restante é área verde recuperada pelo próprio grupo e deve se tornar área de preservação. O local é um forte candidato a empreendimentos imobiliários voltados à classe média alta, por sua localização próxima ao balneário de Manguinhos e de fácil acesso à capital.

Empresário aponta desprestígio do turismo

Dentre os motivos para o fechamento do Parque Yahoo, que funcionou por 15 anos, Murilo Coutinho destacou que além do alto custo de manutenção, as crises hídrica e energética foram decisivas para a antecipação do encerramento das atividades. Diz também que faltam incentivos e investimentos do poder público no setor.

“Acumulamos prejuízos desde que abrimos em 2000. No início ainda havia algum retorno, mas depois o movimento caiu muito e ficou inviável manter o parque. Optamos por funcionar até saldarmos todos os financiamentos. Não falimos e não deixaremos nenhuma dívida”, afirma.

Murilo reclamou que o turismo recebe pouco investimento dos governos. “O fato de se nomear políticos não eleitos para as secretarias de turismo, coloca na administração pessoas despreparadas para o setor”, avaliou.