Campeão de votos em 2016, o vereador Adriano Galinhão (PTC) está com seu mandato ameaçado. É que o PTC quer expulsar o parlamentar do partido. A direção alega que Galinhão não segue as orientações partidárias. Caso a expulsão venha a ocorrer, o PTC deve solicitar o mandato do vereador, eleito com 4.837 votos. Já Galinhão afirma que está livre para decidir seu rumo político.
A ação contra Galinhão tem como pano de fundo a disputa pelo controle interno na Câmara da Serra. A base do prefeito Audifax Barcelos (Rede) e a oposição comandada pelo presidente da Casa, Rodrigo Caldeira (Rede), se articulam para assumir a direção do Legislativo nas eleições marcadas para junho. Galinhão era do grupo alinhado com o prefeito, mas nos bastidores, já é dado como certo que o vereador migrou para o grupo de Caldeira.
Segundo o vereador e presidente do PTC local, Miguel da Policlínica, o Conselho de Ética já se reuniu para abrir o processo contra o vereador.
“Ele não tem seguido as orientações do partido, tomou outro rumo enquanto o partido é da base aliada do prefeito. Expulsando, o partido vai em busca do mandato dele”, disse Miguel.
Procurado pela reportagem, Galinhão subiu o tom e disse que não vai “votar por pressão”. “Não concordo com isso. Não vou votar por pressão e não participo de grupo nenhum. Na hora certa vou tomar minha decisão. Me sinto à vontade e sou livre pra escolher meu lado. Não tem sentido o vereador mais votado da cidade sendo pressionado”, apontou.
Nos bastidores comenta-se que Galinhão já teve até aliados exonerados da Prefeitura, mas ele não quis comentar o caso. O suplente da coligação que elegeu Galinhão é Wanderson Ruela (PSDC), com 1.544 votos.