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Alta do dólar pode deixar Páscoa mais cara

O gerente de supermercado Fábio Luchiens mostra produtos como o vinho e o bacalhau que devem deixar a mesa e as celebrações mais caras na Páscoa. Foto: Fábio BarcelosO gerente de supermercado Fábio Luchiens mostra produtos como o vinho e o bacalhau que devem deixar a mesa e as celebrações mais caras na Páscoa. Foto: Fábio Barcelos
O gerente de supermercado Fábio Luchiens mostra produtos como o vinho e o bacalhau que devem deixar a mesa e as celebrações mais caras na Páscoa. Foto: Fábio Barcelos

Há pouco mais de duas semanas para os festejos da Páscoa e Semana Santa, a alta do dólar pode representar uma ameaça aos consumidores que não abrem mão de um prato à base de bacalhau e um bom vinho. Isso porque esses dois produtos, na maioria das vezes, são importados e sofrem elevação de acordo com a dinâmica da moeda americana.

Na última quarta-feira (18), o dólar era vendido a R$ 3,2415, um dos índices mais altos de 2015. O economista da Valor Investimentos, Flávio Mattedi, explica como essa alteração afeta o bolso do morador da Serra, por exemplo. “Os produtos importados ou aqueles que tenham algum componente vindo do exterior tendem a sofrer ajustes, dado que o valor deles em dólar ficou maior. Assim, o produto final fica mais caro para o consumidor”.

O empresário Ângelo Moreira da Silva Júnior, morador de Jacaraípe, sentiu a diferença na prática. Pensando em adiantar as compras da Páscoa, resolveu adquirir chocolates importados em um Aeroporto de Minas Gerais e notou um aumento considerável. “Desembolsei R$ 14,75 numa barrinha que há um mês atrás, havia pago R$ 9,95. O jeito foi levar em menor quantidade e completar com um tipo de variedade nacional”.

Mas nem todos os estabelecimentos devem subir o preço dos importados. O economista Flávio Mattedi lembra que algumas empresas podem ter se adiantado a essa elevação da moeda, que era prevista por especialistas desde o ano passado, e adquirido os produtos a um preço mais baixo.

Produtos eletrônicos e os do setor automobilístico, normalmente, são os que sofrem mais, pois grande parte dos componentes é importada. Além desses, o setor de alimentação também é prejudicado, principalmente os alimentos que utilizam trigo importado (pães e massas). “Existem ainda diversos produtos alimentícios que são importados, no entanto, a maioria deles não é básico. A dica é substituir”, orienta Mattedi.

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou dados que revelam o tamanho do problema. A previsão é que as vendas do varejo em 2015 subam apenas 1%, o que representa o pior desempenho desde 2003. Em 2014 o índice ficou em 2,2%.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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