Os terminais do Transcol na Serra, em especial os de Laranjeiras e Carapina, têm sido alvos constantes de reclamações por parte dos passageiros. No entanto, as queixas agora vão além do habitual, envolvendo relatos de assédio e até mesmo práticas sexuais dentro dos banheiros desses espaços.
A situação tem gerado constrangimento e desconforto entre os usuários, que se sentem cada vez mais ameaçados ao utilizarem os sanitários. O Pronto, Flagrei, do Jornal Tempo Novo, recebeu denúncia de dois moradores da Serra, que teriam presenciado até sexo grupal no Terminal de Laranjeiras.
Por questões de segurança, nenhuma das fontes será identificada. “Eu já não costumo utilizar os banheiros dos terminais porque são sempre muito sujos, mas as vezes não tem o que fazer. Na semana passada, entrei no banheiro masculino de Laranjeiras e, logo de cara, encontrei quatro pessoas praticando atos sexuais nos mictórios”, denunciou o morador da Serra, de 46 anos.
Já no Terminal de Carapina, uma passageira de 27 anos é quem denuncia o problema. De acordo com ela, um homem utilizou o banheiro feminino para cometer assédio contra ela.
“O homem estava dentro do banheiro feminino. Assim que entrei, ele ficou olhando e falando algumas gracinhas. Eu nem consegui entrar para o vaso sanitário, fiquei com muito medo e sai correndo, voltando para a fila do meu ônibus”, denunciou.
Outras denúncias de assédio em terminais
Essa não é a primeira vez que os terminais do Sistema Transcol são alvo de denúncias. Em março de 2022, uma adolescente de 17 anos denunciou ter sido estuprada dentro do banheiro do Terminal de Laranjeiras.
Já em fevereiro de 2022, o Jornal Tempo Novo denunciou que atos sexuais estavam sendo realizados por grupos de pessoas também nos banheiros do Terminal de Laranjeiras.
O que diz a Ceturb, responsável pelos terminais da Serra?
O Jornal Tempo Novo entrou em contato a Ceturb, que é a responsável pela terminais de toda a Grande Vitória, inclusive, os da Serra. As denúncias dos passageiros foram apresentadas à companhia, que respondeu por meio de nota.
De acordo com a Ceturb, em casos como esse, a orientação é a de que quem presencie esse tipo de situação procure um vigilante ou agente da companhia para denunciar o fato.
A Ceturb afirma ainda que esse tipo de crime é difícil de ser acompanhado, pois dentro dos banheiros não há câmeras.
A Polícia Militar também foi acionada pela reportagem, mas não retornou a demanda até o momento.