O tradicional carnaval em nosso país vai começar novamente em anos difíceis: da última vez estávamos em clima de luto no Espírito Santo por causa das enchentes, neste ano estamos decepcionados com o governo, com a alta do dólar, da gasolina e com a violência.
Mas é a hora da folia e não queremos acabar com a festa de ninguém. Porém, muito me impressiona o povo brasileiro que facilmente se dispersa das suas prioridades e da sua realidade quando recebe uma nova atração, um novo hit do verão ou a nova temporada de um reality show.
Os conversadores dizem que o carnaval mudou muito, antes as pessoas se reuniam com mais segurança e as famílias podiam frequentar os espaços. Será que estão errados? Afinal, a mudança é bem-vinda sim, mas desde que seja para melhor.
As clínicas clandestinas de aborto ficam lotadas nos meses após o Carnaval. E os acidentes de trânsito? É a época mais perigosa para quem deseja viajar pelas estradas.
Será que todos vão pedir a identidade das pessoas antes de venderem bebidas alcoólicas?
Tantos jovens que usam o carnaval como festa para ter sua primeira experiência sexual e experimentar drogas. Eles acreditam que essa é a sua passagem para a vida adulta. Se os seus pais ou responsáveis querem ir às festas e blocos com você ou não querem deixar você ir, saiba que esta “velha” de 26 anos que lhe escreve acredita que eles estão certos, afinal, eles vão lidar com as consequências das suas decisões muito mais do que você.
Para quem não curte a folia: aproveite para viajar para lugares mais tranquilos (eu adoraria estar na Tailândia agora) ou fazer um retiro espiritual, tem opções nas igrejas e também no mosteiro budista em Ibiraçu. Para quem curte: Divirta-se, use belas fantasias, reúna os amigos, aproveite o feriado, mas pense a longo prazo no que diz respeito ao seu dinheiro, sua família, sua reputação, sua saúde, sua vida.
Mamãe já dizia: Um segundo de distração pode custar uma vida inteira.