Levantamento da XP Investimentos indica que pequenas e médias empresas (PMEs) deixam de ganhar R$ 10 bilhões mensais por conta de saldo parado ou investido de maneira ineficiente. A instituição financeira entrevistou 900 pequenas e médias empresas e cruzou dados públicos do Banco Central, Sebrae, IBGE, Anbima, entre outras fontes, e concluiu que as PMEs brasileiras têm aproximadamente R$ 1 trilhão de saldo em suas contas – valor parado, aplicado em produtos de investimentos com baixa rentabilidade ou transitando entre recebimentos e pagamentos.
Para a gerente regional da XP Inc. no Espírito Santo Cecília Maria Entringer Perini, o montante que resultaria de boas aplicações poderia auxiliar em gastos recorrentes dos estabelecimentos, como pagar salários e demais despesas, comprar insumos, amortizar dívidas e pagar juros. “No contexto econômico atual, o saldo parado em conta ou mal investido é sinônimo de dinheiro jogado fora. Guardar e investir de forma resiliente é imperativo para encarar 2022”, analisa a executiva.
Ainda considerando inflação em dois dígitos e Selic em viés de alta, as PMEs também vêm enfrentando uma situação cada vez mais alarmante, em especial quando se considera que, em geral, essas empresas têm bases de custos diversificadas, o que torna sua inflação efetiva invariavelmente maior do que o índice oficial. Para a executiva, a recomendação para as PMEs é que invistam em produtos que conversem com suas necessidades de caixa. “Para o momento, investimentos que os protejam das perdas inflacionárias são boas táticas”.
Na Grande Vitória, a realidade dos pequenos e médios empresários não é diferente do restante do país. Segundo levantamento da divisão de Empresas da XP, a região metropolitana possui mais de 11mil companhias que se encaixam nesse recorte.
“Os últimos dois anos foram muito desafiadores, principalmente para as PMEs, e percebemos que aquelas que contavam com informações e uma orientação financeira qualificada e personalizada conseguiram se sair melhor neste cenário. É preciso manter um olhar de aprendizado sobre a gestão e buscar constantemente alternativas que contribuam para a solidez do negócio, já que estamos em um processo de retomada. Aproveitar essa fase de planejamento para analisar o caixa, conhecer soluções e repensar estratégias pode ser determinante para modificar os indicadores no balanço do ano”, orienta Cecília, destacando que nunca é tarde para começar.
Um dos focos da XP Inc. em Espírito Santo é estreitar e solidificar o seu relacionamento com os empresários locais, trazendo conteúdo de qualidade que ajude a aumentar o nível de educação financeira. “Muitos gestores ainda acreditam que a orientação financeira é acessível apenas às grandes empresas e acabam perdendo dinheiro por isso. Queremos mudar essa realidade, levando conteúdo personalizado às necessidades deles, contribuindo, assim, para o desenvolvimento do estado”, finaliza.
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