Por Yuri Scardini
Na segunda rodada de entrevista com os candidatos a prefeito da Serra, o jornal Tempo Novo ouvem as propostas e ideias de Nicodemos Venturini. Ele é auditor fiscal de carreira da Prefeitura, demonstrou que não tem papas na língua e não poupou críticas aos principais candidatos.
- O que motivou sua candidatura, dado que Audifax e Vidigal são duas lideranças muito fortes e lideram as pesquisas com folga?
O clamor do povo, que anseia por novos nomes, novas ideias. Enquanto os dois Coronéis “Audifax e esse Vidigal” se digladiam o povo sofre, padeçe, falta tudo. Chega de pão e circo.
Perdemos ao longo desses anos por causa das disputas internas desses dois Coronéis, muitas empresas que foram embora e muitas que deixaram de vir para o Município, afetando assim desenvolvimento. Isso tudo por falta de um prefeito focado na luta em defesa do povo, que acabe com essa maldita burocracia, e determine prazo para as licenças ambientais, viabilidade, aprovação de projetos, e certidão de habite-se.
- Quais são os principais pontos do seu plano de governo para a Serra?
Na saúde quero principalmente ampliar e melhorar a rede de atenção básica de saúde; terminar a construção do hospital materno infantil. Para a Educação penso em construir escolas de ensino fundamental em tempo Integral com infraestrutura para que o aluno tenha o prazer de estar na escola e creches. Ampliação de vagas para cursos pré Enem; cursos de atualização e especialização para os professores da rede municipal de ensino; estimular e ampliar a inserção dos adultos nas escolas como forma de melhorar o seu conhecimento educacional.
Sobre o desenvolvimento econômico, quero estimular a criação de micro polos empresarias, nos diversos setores, artesanais e alimentação por exemplo. Instituição de feiras para divulgação do parque fabril e das potencialidades da Serra.
Outro foco que quero ter é a construção de um teleférico no Mestre Álvaro em parceria com as iniciativas privadas; Urbanização das Orlas de Carapebus; Balneário de Carapebus e Bicanga. Política de retomada da atividade turística tanto o turismo de lazer quanto o de negócios.
- A violência permanece como um dos maiores problemas sociais para a Serra, o que o senhor pretende fazer sobre esse assunto?
Vamos atuar para uma redução drástica dessa violência que tanto mal nos causa. Criar programas de inclusão social, como cursos profissionalizantes, cursos de empreendedorismo para jovens e adultos no sentido de ter uma fonte de renda. Educação é a solução para todos os problemas de violência em todo o mundo.
Vamos reunir as comunidades com serviço social da prefeitura Municipal para assim integrar povo e governo municipal, para oferecermos ao cidadão serrano alternativas capazes de transformação, pois só com trabalho e educação termos cidadãos melhores e reduziremos a violência em níveis aceitáveis para o nosso primeiro mandato.
- Com a arrecadação em queda e sem perspectiva de melhora, como custear a máquina (saúde, Educação, Prestação de Serviços, etc.) e garantir investimentos nos próximos anos?
Temos que ir a duas direções: uma segurar as despesas e a outra é aumentar a receita. Já lá dentro com os números nas mãos é que poderemos dizer como fazermos isso. O período de transição é importante para levantarmos o Raio X da questão.
- A cidade está prestes a ter racionamento de água. O que a Serra pode fazer para evitar essa situação?
A ameaça do desabastecimento é real. Vamos estimular e apoiar as ações de proteção das nascentes; Fiscalizar e notificar os usuários para ligação do esgoto na rede disponibilizada pela CESAN; Implantar projeto de despoluição das Lagoas Juara e Jacuném; Estimular programas de reflorestamento melhorando a cobertura vegetal; Atuar como parceiro da CESAN nos programas de produção e conservação da água na construção de açudes e represas; Fiscalizar e recuperar as áreas de APP com parcerias público privadas; Implantar Plano Diretor de Arborização no município e Incentivar os produtores rurais para projetos de conservação e produção de água.
- O que o Senhor pretende fazer de diferente do que foi feito nas gestões anteriores?
Uma gestão alegre, uma cidade viva com muito Turismo, incrementando o esporte, a cultura, os shows gospels nas praias, com isso tirando os adolescentes e jovens dos riscos sociais.Atrair novos empreendimentos para o Município, envolvendo os empresários e associações que os representam na discussão, tomada de decisões e investimento do município.
Implantar programas de capacitação, revisar o plano de cargos e salários dos servidores, estimular e remunerar pela produtividade.
Utilizar os servidores na ocupação de cargos de confiança, invertendo-se a lógica que hoje é aplicada pelo atual prefeito, utilizando pessoas estranhas ao Município que não conhecem a nossa realidade Municipal.
- Como que a internação do Audifax impactou nas eleições da Serra?
Vejo que faltou o dialogo e o debata que a cidade esperava. Fico com a consciência tranquila de ter posto a minha campanha da rua, porque quando fui ao hospital no domingo, nos momentos mais críticos do estado de saúde do prefeito, ouvi de sua esposa a Drª Mara, dizendo que ligou para o Audifax por várias vezes insistindo que ele procurasse um médico, ela disse ainda que ele não foi para não atrapalhar a agenda, então ela disse, “a onde chega o ser humano, trocar a saúde pela ganancia do poder”.
Por outro lado percebi a esperteza do candidato Vidigal, que até no dia da internação do Audifax o chamava de hipócrita e Judas. Após a internação, acredito que o candidato Vidigal já achava que o prefeito estaria morto. A partir dai passou a dizer que o Audifax era o melhor homem do mundo achando ele que essas declarações angariaria todos os votos do Candidato Audifax desprezando as demais candidaturas.
É tão verdade que no sábado após publicada a primeira pesquisa, circulou um áudio gravado em que Srª. Sueli Vidigal dizia “o homem não morreu não”. O candidato Vidigal não acreditava no restabelecimento do prefeito, acreditando que a eleição seria uma replica daquele que houve com o Tio João, se enganou está pagando caro por isso.