Thiago Albuquerque
Munidos de suas varas, molinetes e iscas, os pescadores amadores estão espalhados pelas praias ao longo dos 23 km de litoral da Serra. Eles também podem ser vistos nas pontes sobre os rios Jacaraípe e Reis Magos e nas lagoas do município. E são ainda mais numerosos nesses dias de calor e de folga para boa parte dos trabalhadores.
E a prática desse esporte não tem dia e nem hora. Para Reinaldo Ferreira de 44 anos, o melhor horário para chegar à praia de Manguinhos para pescar quando é por volta de 04h30 da manhã. “Gosto desse horário por conta da tranqüilidade. O silêncio me ajuda na concentração. Pratico esse esporte há cinco anos. Precisei entrar na academia para fortalecer os músculos, pois é necessário um mínimo de condicionamento para praticar regularmente como eu faço”, explica.
Já Everson Guilherme Teixeira Rodrigues, 42 anos pesca na região de Nova Almeida e Praia Grande há sete anos. Sempre nas manhãs e nos finais de semana. “Eu vou sempre que tenho uma brecha, e aqui na região achamos curvina, pé de banco, pampo, bagre e barbudo. Outro lugar que gosto também é no píer de Jacaraípe perto da saída do Rio. Em algumas épocas do ano, é possível pescar robalo também”, detalha.
Competições
No Espírito Santo, competições de pesca acontecem tanto no litoral quanto em mar aberto. Em 2014, por exemplo, o estado sediou a 23ª edição do Campeonato Mundial de Pesca. E mesmo com toda a degradação ambiental gerada pela extração de petróleo e poluição por esgoto doméstico, por esgoto industrial e agora a lama da Samarco, as águas oceânicas capixabas seguem como point para a pesca do marlim, peixe símbolo do estado.
“O Espírito Santo ainda é o melhor lugar do mundo para a pesca do marlim branco. Algumas federações organizam competições nas praias e existem as competições do Iate clube e da Marina”, explica o pescador esportivo Luiz Unelo, capixaba que recentemente venceu uma competição na África do Sul.