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Pesca na Serra segue afetada por lama da Samarco três anos após desastre

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Dirigente da colônia de pescadores do município diz que consumidor está desconfiado e vendas caíram 50% em três anos. Foto: Fábio Barcelos/Arquivo TN

Já são três anos de lama da Samarco (Vale+BHP) no rio Doce e no oceano Atlântico e os impactos seguem afetando a Serra e outras cidades do Espírito Santo. No município, pescadores e mariscadores estão entre os mais atingidos. 

Segundo a presidente da Colônia de Pescadores da Serra, Renata dos Santos Pereira, ainda que o aspecto visual do mar nos 24km de litoral da cidade não tenha se alterado, a desconfiança do consumidor com a contaminação por metal pesado que desceu pelo rio Doce reduziu a venda de pescado nos últimos três anos. O litoral da Serra fica a cerca de 60 km ao sul da foz do rio.

“Houve queda nas vendas de 50% de peixes e mariscos em praticamente todo o litoral da Serra. Entre setembro e outubro de 2017 o Comitê Interfederativo, que orienta as ações da Fundação Renova (entidade criada pela Samarco para gerir as reparações), reconheceu Nova Almeida como área atingida pela lama. Desde então alguns pescadores locais passaram a ser cadastrados, mas até agora ninguém recebeu cartão auxílio ou indenização. Há inclusive, pescadores que ainda não foram cadastrados”, explica.

Renata acrescenta que grande parte dos pescadores da Serra pescam mais ao norte, próximo à foz do Rio Doce. “Na boca do rio está proibido pescar. Ali é ponto de robalo, camarão, tainha. Só com isso já estamos no prejuízo. Aqui no município são 490 pescadores que trabalham no mar e 150 mariscadores. Contando com os familiares, dá umas 2,5 mil pessoas que dependem do mar para ter renda”, contabiliza. 

Para saber do tamanho do impacto e o nível de contaminação da vida silvestre no rio e do mar, está em curso pesquisa envolvendo 24 universidades do país, sob a coordenação da Ufes. Peixes, crustáceos, corais, plantas e animais terrestres, dentre outros organismos, estão sendo avaliados. As amostras são retiradas em 230 pontos de coleta ao longo do rio Doce e suas margens, e no trecho do litoral entre Guarapari e Abrolhos (Bahia).

A pesquisa é uma iniciativa da Rede Rio Mar, envolve cerca de 500 pesquisadores, e conta com recursos de R$ 120 milhões da Fundação Renova. Segundo a assessoria de imprensa da Ufes, amostras dos organismos são levada a laboratório para medir a quantidade de metais pesados. Com o estudo será possível saber até onde há influência da lama. Os primeiros resultados devem sair a partir de março de 2019.   

Renova diz que já pagou R$ 598 mil a atingidos no município

Através da assessoria de imprensa, a Fundação Renova disse que já pagou R$ 598 mil entre indenizações e auxílio financeiro para atingidos que moram no município da Serra. Informou que “segue empenhada em finalizar o processo de negociação, pagamento de indenizações e análise de auxílio financeiro dos cadastrados nas campanhas 1 e 2.  Cerca de 4,9 mil pessoas no Espírito Santo recebem o Auxílio Financeiro Emergencial (AFE) e, até setembro, 3,5 mil foram indenizados no Programa de Indenização Mediada (PIM)”.

A Fundação afirmou ainda que vem trabalhando em diversas frentes socioambientais no ES. E que assinou um acordo de cooperação com a Rede Rio Doce Mar, para monitorar a biodiversidade em 230 pontos de toda a porção capixaba do rio Doce, da região que vai do entorno de sua foz, e da porção marinha entre Guarapari (ES), ao sul, e Porto Seguro (BA), ao norte. Serão estudados de bactérias a baleias, além de qualidade da água, sedimentos, condições de marés e ondas, manguezais e restingas.

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