Por Renato Ribeiro
A falta de informação dos órgãos ambientais sobre a toxicidade das águas do mar atingidas pela lama da Samarco (Vale + BHP Billiton) no litoral do município tem causado preocupação aos pescadores da Serra. É que a sujeira já chegou à Grande Vitória, conforme monitoramento do grupo Governança pelo Rio Doce, que além da Samarco envolve diversos órgãos públicos.
A preocupação dos pescadores é que pouco se sabe sobre a composição dessa lama, chamada de pluma de baixa concentração, por conta dos diversos laudos que apontaram metais pesados como alumínio, chumbo, manganês, arsênio e ferro na lama que devastou o rio Doce e segue descendo, sem previsão de parar, para o litoral do Espírito Santo.
Sem contar que resquícios da lama podem chegar às praias em caso de mudança do vento o das correntes marítimas. Para o presidente da Associação de Pescadores de Jacaraípe, Manuel Bueno dos Santos – o Nego da Pesca, falta informação sobre os impactos no mar do município.
“Nada foi divulgado oficialmente. As informações não chegam com clareza. O maior temor é que haja contaminação dos peixes, colocando em risco a saúde das pessoas. Por enquanto não vimos nenhuma alteração na quantidade e qualidade dos peixes, mas queremos ter clareza se isso vai mudar com o tempo”, pontua.
Para o biólogo Felipe Coimbra de Oliveira, mesmo em baixa concentração, há riscos. “A exposição de um ser vivo aquático as metais pesados será repassada ao longo da cadeia alimentar aumentando a sua concentração, até chegar a nós seres humanos, ao consumirmos peixes e mariscos contaminados. É a bioacumulação”, explica.
Ainda segundo o Biólogo, outro impacto importante é a alteração no nível de turbidez da água, o que pode prejudicar a fotossíntese das algas e plantas aquáticas, reduzindo o oxigênio na região.
Secretária diz que não há perigo para banhistas
Já secretária de Meio Ambiente da Serra, Andrea Carvalho, não vê riscos. Nem mesmo para os milhares de banhistas que estão indo às praias do município neste verão. “Estamos cooperando com a Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH) fazendo a coleta semanal de material para análise, em onze pontos do litoral. Não há nesse momento nenhuma restrição para banho em nosso município e nenhum risco de contaminação”, garante.
Andreia ressalta ainda, que sempre que há alteração na cor da água é realizado sobrevoo para melhor monitorar.
Na última quarta feira (13) a Polícia Federal indiciou, por crime ambiental, a Samarco, a Vale e a empresa VogBR, responsável pelo laudo que atestava estabilidade da barragem. O indiciamento se estendeu a sete pessoas físicas ligadas às empresas, dentre elas o presidente da Samarco. Ricardo Vescovi.
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