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Pesquisa em hospital na Serra vira referência na reconstrução de rosto

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A pesquisa de Marano foi feita no Jayme Santos, durou dois anos e pode baratear os custos de cirurgias por usar material produzido no país. Foto: Fábio Barcelos

Ayanne Karoline

Um estudo inédito, realizado no Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, comprovou que é possível utilizar biopolímero de mamona – planta comum em terrenos baldios das cidades – na reconstrução dos ossos da face. Além da eficácia no tratamento, a novidade pode até reduzir o custo deste tipo de cirurgia, já que a substância é feita no Brasil.

O material já tinha aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas faltava a comprovação científica da efetividade em cirurgias nessa região do corpo. A pesquisa durou dois anos e ganhou as páginas do Journal of Cranio-Maxillo-Facial Surgery, publicação que é referência mundial. O autor da pesquisa é o cirurgião-dentista Renato Marano, especialista em traumas da face e do crânio e membro do corpo clínico do hospital Dr. Jayme.

Segundo Marano, que também atua na rede pública de saúde do município, o objetivo era comparar a utilização do biopolímero de mamona com outros dois materiais usados nesse tipo de cirurgia, que são a tela de titânio e o polietileno de alta densidade.

“A investigação não apontou relação de superioridade entre um e outro. Na comparação, observamos que o biopolímero de mamona também é um material muito bom, com a vantagem de ser um produto nacional. Além disso, o resultado da pesquisa valoriza o país e aumenta a opção de materiais para reconstrução de ossos da face”, comentou o cirurgião, que realizou o estudo como tese do doutorado que acaba de concluir na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo.

Ele diz que propôs à Unicamp que a pesquisa fosse desenvolvida no Jayme Santos por ser o hospital referência no atendimento de vítimas de trauma. A pesquisa começou em 2014 e reuniu, ao todo, 64 pacientes que deram entrada no hospital apresentando fratura da cavidade orbitária e necessitando de reconstrução da parede óssea. Todos os pacientes participantes autorizaram o procedimento. 

“Para se fazer uma pesquisa desse porte depende de muita gente. Contei com o setor de Ambulatório para controlar o retorno dos pacientes com 30, 60 e 90 dias após a cirurgia. Além disso, a pesquisa foi realizada com o auxílio da equipe de Oftalmologia do próprio hospital. As pesquisas feitas com humanos são as mais difíceis e requerem envolvimento de muitas áreas, além do apoio de todo o hospital. Também contamos com a colaboração dos pacientes e nenhuma das pessoas que abordamos se negaram a participar do estudo”, contextualizou Marano.

Para o diretor técnico do hospital, Eric Teixeira Gaigher, a instituição provou sua aptidão para ensino e pesquisa.  “Profissionais capacitados e engajados na produção de conteúdo e de informação, confirmam a vocação da unidade em prestar assistência qualificada e trabalhar com ensino e pesquisa”, salienta.

Estudo para saber causas de traumas

O professor e pesquisador Renato Marano tem mesmo vocação para a pesquisa. Tanto que já iniciou um segundo estudo no Jayme Santos. Desta vez, com a participação de seus alunos da faculdade Multivix, que possui uma unidade em Colina de Laranjeiras.

O grupo está levantado casos de pacientes com fraturas faciais atendidos no hospital desde sua inauguração, em 23 de fevereiro de 2013, até junho de 2016. O objetivo é identificar as causas dessas fraturas.  

“Com a finalização da primeira pesquisa restou uma dúvida: qual a principal causa de fraturas na cavidade orbitária e das demais fraturas faciais? Esse próximo estudo pretende servir de alerta às pessoas e, quem sabe, embasar campanhas de conscientização do Governo do Estado”, conclui Marano.

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