A pouco mais de quatro meses das eleições municipais, vereadores da Serra andam com os nervos à flor da pele, e o plenário da Câmara tem sido o palco para troca de farpas e o posicionamento de cada um em relação ao Executivo, parece mais evidente. Com dois grupos distintos, um aliado e outro de oposição ao prefeito Audifax Barcelos (Rede), a discussão de projetos no plenário da Casa tem sido a oportunidade para troca de acusações e tentativas de defesa das matérias de iniciativa do prefeito.
Um dos registros mais recentes do racha que está instalado na Casa foi à discussão sobre um projeto de lei que concedia benefícios fiscais a empresas organizadoras ou patrocinadoras do evento da passagem da tocha na cidade, ocorrido nesta quarta-feira (18).
O vereador Jorge Silva (PMDB) diz que discussões importantes deixam de ser feitas em função de debates sobre projetos de fácil entendimento, como o da Tocha Olímpica. “A cidade está precisando que a Câmara discuta e aprove projetos impactantes para a cidade, e os vereadores estão debatendo sobre um evento que não durará nem duas horas na Serra”, avaliou.
Alexandre Xambinho (Rede) explica que prefere não entrar nos debates levantados na Casa por considerá-los improdutivos para a cidade. “A oposição tenta criar tempestade em copo d’água. Ao que parece alguns vereadores são oposição ao município”, pontuou.
Já o vereador Basílio da Saúde (Pros) discorda de que as discussões interferem na produtividade do Legislativo.
“Queremos fazer nosso trabalho e alguns projetos tratam de coisas delicadas. Votar projeto de Lei em regime de urgência especial, sem discutir, é assinar um ‘cheque em branco’ para a administração. Não vamos votar projetos no escuro…”, alfinetou Basílio.