Com autorização do ministro Teori Zavascki (Supremo Tribunal Federal), a Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (15) a ação batizada como Catilinárias, quando realizou buscas na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), em Brasília. Na ocasião, o celular do parlamentar foi apreendido.
A ação faz parte das investigações da operação Lava Jato, que beneficiou políticos e empresários em um esquema de lavagem de dinheiro. Nas investigações, Cunha é acusado de ter sido beneficiado com R$ 5 milhões em propina e manter dinheiro em contas secretas na Suíça.
Também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em um escritório do peemedebista, no Rio de Janeiro, e na Diretoria Geral da Câmara dos Deputados. O objetivo é impedir que provas que possam relacionar Cunha ao esquema sejam destruídas.
A PF também realizou buscas nas residências da chefe de gabinete de Cunha, Denise Santos, e do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Ferreira Cleto, cuja indicação é do presidente da Câmara.
As residências dos deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Aureo (SD-RJ); dos ministros Celso Pansera (PMDB-RJ), da Ciência e Tecnologia e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Turismo. O prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier (PMDB) também está sendo alvo da ação, bem como os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Bezerra (PSB-PE).
Foram cumpridos ainda mandados ainda no Ceará e no Rio de Janeiro, em endereços relacionados ao ex-presidente da Transpetro (Petrobras Transportes S/A), Sérgio Machado.
Eduardo Cunha está sendo processado no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar.