Uma ação integrada da polícia prendeu Heric da Silva Fidelis de Miranda, de 22 anos, réu pelo latrocínio do taxista José Erculano Marques, de 75 anos, morto na Serra, em março deste ano. O suspeito era o último envolvido que ainda não havia sido preso pelo crime. Participaram da ação a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra e com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
Heric foi localizado e preso na cidade de Chalé, em Minas Gerais. “Nós tínhamos a informação de que ele estava escondido na cidade e contamos com o apoio da polícia mineira para efetuar a prisão. Agora, todos os envolvidos nesse latrocínio estão presos e à disposição da Justiça”, disse o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
Para quem não se lembra, o taxista José Erculano Marques, de 75 anos, foi encontrado morto dentro do porta-malas do carro em que trabalhava, no dia 10 de março de 2024, próximo a uma ferrovia, no bairro Jacuhy, na Serra.
No dia 09 de março, a vítima teria saído para trabalhar no período da manhã. Já no serviço, dois homens e uma mulher embarcaram no táxi. “O que nos chamou atenção foi que o táxi da vítima era o quarto da fila no ponto, porém os suspeitos foram de imediato em direção a ele, o que evidencia que pelo menos um deles já conhecia o taxista”, informou o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
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“O taxista costumava ter uma rotina definida, com horários de almoço em casa e hora para retornar do trabalho. Porém, no dia do crime ele não apareceu para as refeições, o que levou o filho da vítima a realizar um registro na delegacia”, afirmou o delegado Rodrigo Sandi Mori ao Tempo Novo.
Após o registro da ocorrência, a equipe policial iniciou a busca pelo táxi. Por meio do cerco eletrônico, foi possível averiguar a última localização do carro, sendo no limite entre os municípios de Cariacica e Serra.
O táxi foi localizado após 24 horas de diligência, abandonado próximo a uma linha ferroviária, no bairro Jacuhy, na Serra. A vítima foi encontrada sem vida dentro do porta-malas. Ainda segundo investigações, após o embarque, a vítima teria sido rendida, roubada e trancada ainda com vida no porta-malas, sendo exposta a altas temperaturas.
Por meio de investigações, foi concluído o crime de latrocínio. “A motivação do crime se deu porque a vítima tinha o hábito de andar com alta quantidade de dinheiro no bolso da camisa e as corridas também eram pagas em dinheiro, o que chamava atenção dos passageiros e pessoas ao redor”, explicou o delegado Rodrigo Sandi Mori.
Os laudos produzidos pela perícia da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) evidenciaram as condições nas quais o taxista foi submetido. “Foram averiguados amassados no porta-malas e machucados nas mãos e dedos da vítima, evidenciando que o taxista tentou sair do porta-malas. De acordo com o médico legista, a causa da morte foi infarto agudo do miocárdio. A vítima foi exposta a períodos de alta temperatura por cerca de 20 horas, contabilizando 30ºC no ambiente externo e 50ºC dentro do porta-malas”, evidenciou o perito Oficial Criminal da Polícia Científica do Espírito Santo, Carlos Augusto Chamoun.
Prisão dos suspeitos
De acordo com o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, logo após a divulgação das imagens dos envolvidos, diversas denúncias foram recebidas pelo Disque-Denúncia 181, identificando e qualificando os suspeitos e informando seus possíveis endereços. A equipe foi a campo e intimou testemunhas, que reconheceram a suspeita e o filho dela, além de um terceiro homem como os autores do crime.
No dia 19 de julho, aconteceu a prisão da mãe em uma praça no bairro Nova Brasília, em Cariacica. Já no dia 30 de julho, a polícia chegou até o filho, também em Nova Brasília. Ambos foram indiciados por latrocínio e já são réus em ação penal.
A mulher conheceu a vítima meses antes, durante uma corrida de táxi, e começou a observar que ele sempre carregava dinheiro em espécie. Na manhã do crime, ela chamou o filho e um terceiro suspeito para executarem o assalto. Durante o trajeto, o terceiro suspeito anunciou o roubo, e juntos, subtraíram cerca de R$ 500 da vítima. Após o roubo, a vítima foi colocada no porta-malas do táxi e abandonada.