Marina & Casagrande (PSB-Rede), Aécio & Hartung (PMDB-PSDB) e Dilma & Roberto (PT). Além de Luciana Genro & Camila (Psol) e Mauro & Mauro (PCB). Esses são os endereços dos votos de dois milhões e meio de eleitores do ES. Falta pouco mais de uma semana para tentar convencer indecisos e insatisfeitos e definir se haverá o segundo turno das eleições dois mil e quatorze.
Também é o melhor momento para análise do padrão de competição entre partidos, candidatos e candidatas. Quais as razões apresentadas na defesa e promoção dos propósitos dos candidatos? Quais demandas os grupos sociais suscitam dos que se pretendem inquilinos do poder? Que desafios sociedade e Estado terão que enfrentar para sustentar a posição de vanguarda que o ES detém hoje na federação?
O quadro nacional desenha ter mais um turno de competição, e caso a candidata socialista, Marina Silva, suporte a quantidade de pancadas que lhe impõem seus adversários, será ela guindada a debater com a atual presidenta os modelos de administração, de desenvolvimento e de relação institucional da República.
No plano local, um forte nevoeiro encobre o horizonte, sem permitir saber quem se elegerá e se num ou noutro turno. Além dos competidores com maior visibilidade, o governador Casagrande e o ex-governador Hartung, outros três competidores do PT, do PSOL e do PCB, encontram dificuldades para acumular pontos que levem o pleito pra além de cinco de outubro. Porém convém esperar os rumos desses próximos dias e tudo que neles possa acontecer.
Além dos sinais de fadiga dos programas eleitorais e do certo estranhamento dos eleitores nas abordagens eleitorais, e caso nenhum fato notório ocorra, poderá a dúvida somente ser elucidada quando finalmente os boletins de urnas forem anunciados.
Odmar Péricles Nascimento é sociólogo e analista político