Yuri Scardini
Nas últimas semanas, os capixabas viram as duas principais lideranças políticas da Serra fazerem robusto movimento político de olho em 2018. Trata-se do prefeito Audifax Barcelos (Rede) e do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT). Ambos foram lançados pré-candidatos a governador pelos seus respectivos partidos. Apesar de rivais, a movimentação dos dois é similar.
A intenção de ambos não é ser candidato efetivamente. O que lançaram são balões de ensaio para se valorizar, demarcar território e parecer maior do que são. Ainda assim é uma promissora novidade para a Serra, cidade que nos últimos anos liderou o avanço econômico entre os municípios, mas que ainda não conseguiu capitanear o quadro político capixaba.
A Serra só tem a ganhar com a essa movimentação de Audifax e Vidigal, que lamentavelmente devem novamente estar em campos opostos na eleição de 2018.
Para o cidadão serrano com um mínimo de interesse político, surge a pergunta frustrante: se separados, Audifax e Vidigal têm esse tamanho todo, a ponto de serem lançados pré-candidatos a governador, imagine o que essa dupla poderia ter feito junto?
No fundo essa briga foi fruto de um pensamento raso motivado pela ganancia política, e hoje, Audifax e Vidigal pagam esse preço, tendo que romper um “teto” de crescimento quase intransponível, e pior, nos últimos anos, tiveram que ver lideranças políticas bem menos expressivas no passado, ultrapassarem a dianteira, como por exemplo, o vice-governador César Colnago (PSDB) ou mesmo o ex-governador Renato Casagrande (PSB).
De volta à realidade, o grande regente de 2018 chama-se Paulo Hartung (PMDB). Ele é o ponto zero para todos os cenários eleitorais possíveis. Se o governador seguir a tendência e optar por disputar a reeleição, não sobra muito o que fazer para os serranos, a não ser ficar onde estão. Se o governador optar por outro caminho que não seja a reeleição, Audifax e Vidigal podem ter uma bela oportunidade a frente, mas mesmo assim, sob alto risco e absolutamente dependentes do rumo que a Nacional de seus partidos tomarem.