Por Ayanne Karolyne
A Serra é literalmente o maior polo empresarial e industrial do Espírito Santo. Já são 11 polos abrigando empreendimentos, sendo cinco públicos e seis particulares. Alguns deles estão ou pretendem entrar em fase de expansão, como o Polo Piracema, que fica nas margens da Rodovia do Contorno e tem uma área de mais de 2 milhões de metros quadrados.
No local já funcionam empresas do setor de metalurgia, logística, química, têxtil, entre outras. Após comercializar totalmente a primeira fase, a San Carlo Empreendimentos Imobiliários abre as vendas para segunda fase que tem uma área total disponível de 170 mil metros quadrados com 71 lotes, com tamanhos entre 1.187 a 3.744 metros quadrados que podem chegar a R$ 850 mil.
Atualmente, o Polo abriga grandes empresas como a metalúrgica TSA, a Levantina Granitos, a distribuidora de máquinas pesadas Bauko, o centro de distribuição da Fio & Ferro e o Gasoduto da Petrobras (Cacimbas- Vitória).
“Investimos na Serra, a princípio, pelo bom momento de desenvolvimento e incentivo fiscal. Hoje, o fator logístico, é um dos principais motivos para que a empresa continue investindo na cidade”, revela o diretor da San Carlo, Renato Cipriano.
Quanto à expansão projetada, existem entraves para que a San Carlo inicie o processo. Segundo Cipriano, para liberar uma área de cerca de 211 mil metros quadrados, que seria a terceira fase do polo, é preciso ajustar um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta Ambiental (TAC). “Depois disso, ainda faremos um estudo e daremos andamento aos projetos para comercialização”, explica.
A Prefeitura da Serra, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, informou que o TAC foi decorrente de Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Estadual com objetivo de adequar e prevenir eventuais impactos e degradações ambientais e urbanísticas decorrentes da execução do projeto.
Ainda segundo a PMS, para liberação será necessário que o empreendedor formalize processo de licenciamento junto ao IEMA. “Todas as ações que dependiam, de alguma forma, do Município, já foram adotadas”, explica a Secretaria.
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Cercado da Pedra vai vender 109 lotes
Localizado nas proximidades de Vila Nova de Colares, o polo industrial Cercado da Pedra tem previsão de comercialização para daqui a seis meses. Com 109 lotes disponíveis e 299 empresas já cadastradas como interessadas, o empreendimento ainda precisa solucionar problemas com licenciamento.
Segundo o diretor geral da Superintendência dos Projetos de Polarização Industrial (Suppin), Sérgio Gianordoli, todos os procedimentos de vendas serão feitos por meio de processo de licitação. “Um dos quesitos de seleção é o ramo da empresa, que será avaliado dentro dos padrões ambientais, para evitar degradações ao meio ambiente local”, explica.
Na lista de espera estão diversas atividades empresariais como metalmecânica, comércio atacadista e varejista, alimentício, indústria e comércio entre outros. As selecionadas devem gerar cerca de 2 mil empregos diretos e aproximadamente 5 mil indiretos, de acordo com Gianordoli.
O polo Cercado da Pedra fica às margens da Avenida Talma Rodrigues, com área total de mais de 1 milhão de metros quadrados. Os lotes variam de 689, 29 a 9.768,29 metros quadrados.
Para Gianordoli, apesar de já contar com um relevante número de polos industriais, a Serra ainda apresenta potencial de expansão, pelas áreas e logística atrativa.
Serralog e Serra Norte tem áreas disponíveis
Outros dois polos industriais, de administração particular, oferecem opções de lotes para comercialização na Serra. Serralog e Serra Norte exibem espaços entre 880 e 50 mil metros quadrados.
O Serralog, localizado em Campinho da Serra, está em fase de aprovação do projeto, mas já conta com licença de instalação (LI) concedida pela SEMMA. No total são 69 lotes, sendo que alguns já foram vendidos, para uma área com cerca de 1 milhão de metros quadrados.
Já o Serra Norte, gerido pela CBL Desenvolvimento Urbano, está em fase final de licenciamento ambiental. Localizado no bairro Calogi, o polo conta com cerca de 3,9 milhões de metros quadrados, sendo 61 lotes. Com o preço em torno de R$ 30/m², já possui empresas instaladas, como a HKM – empresa de fabricação de caldeiraria pesada.