Por Ayanne Karoline
A idealização dos polos de Civit I em fins dos anos 60, logo em seguida, Civit II, foi o pontapé inicial para a era industrial na Serra, que antes “respirava” agricultura. Hoje são 949 empresas ativas, com predominância do ramo de comércio exterior. Também são abrigadas na estrutura empresas de logística, construção civil, ramo alimentício, metalurgia, entre outras.
Quem está no local comprova os benefícios para a empresa. É o caso da Sanevix Engenharia que está instalada em Civit II há mais de 20 anos trabalhando no ramo de saneamento. Segundo o diretor José Mauro Pegoretti, o local facilita muito o trabalho da empresa, pois proporciona a proximidade com todos os fornecedores. “Além disso, a localização é ótima e, junto ao fato de termos agora uma linha de ônibus rodando dentro do Civit, facilita o transporte de materiais e funcionários”, conta.
Atualmente não há áreas disponíveis para comercialização. Porém, segundo a Secretaria de Desenvolvimento do Estado, estão em andamentos algumas ações de reintegração de posse pelo não cumprimento de obrigações contratuais. Os lotes que forem retomados serão comercializados na forma de venda direta.
No total, os dois polos contam com quase 7 milhões de metros quadrados, sendo 568 lotes, com tamanho entre 500 e 90 mil metros quadrados. Toda a área tem infraestrutura completa.
Oferta de lotes
Já está em fase final de regularização de documentação junto à Prefeitura o polo empresarial do Cercado da Pedra, que muitos chamam de Civit III. O objetivo é que no segundo semestre deste ano já inicie a comercialização dos lotes, que será por meio de licitação.
O Cercado da Pedra fica às margens da Avenida Talma Rodrigues, com área total de mais de 1 milhão de metros quadrados, sendo a capacidade máxima de ocupação de 109 lotes para empresas.
Existe um cadastro de intenção de compra na Superintendência dos Projetos de Polarização Industrial (Suppin) com 299 empresas cadastradas, nas diversas atividades empresariais como metalmecânica, comércio atacadista e varejista, alimentício, indústria e comércio ,entre outros.
Mobilidade é o maior gargalo para os Civit´s
Mesmo apresentando vantagens, a estrutura Civit apresenta gargalos. Um deles é o crescimento de centros urbanos em torno do local. Isso prejudicou alguns setores, como o de transporte e armazenamento de cargas. “As empresas de logísticas precisam de mobilidade e flexibilidade de movimentação. Quando você junta à população, um atrapalha e outro e isso é problema”, destacou o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Espírito Santo (Transcares), Liemar Pretti.
Enquanto a distribuição da população é irreversível, outros problemas apresentados no local podem ser solucionados. O vice-presidente da Findes na Serra, José Carlos Zanotelli, chamou a atenção para a deficiência de iluminação, que gera insegurança em trabalhadores e empresários, além do descarte de lixo em áreas inapropriadas. “Até órgãos públicos descarregam caminhões de lixo na rotatória do Civit I, próximo ao Sesi/Senai”, conta.
Outra dificuldade é o trânsito na Rotatória do Dório Silva, em Laranjeiras. No local, passam boa parte dos empresários e transporte de cargas que vão para o Civit I e II. Segundo Zanotelli, o tráfego está complicado para quem precisa passar por aquele trecho e a solução seria a construção de passagens de nível.
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