Por Clarice Poltronieri
Uma cena triste e recorrente nos últimos 10 anos para quem passa pela ES-010 perto do posto da Polícia Rodoviária em Manguinhos é o sumiço da lagoa Maringá sob a vegetação. É que o fenômeno sinaliza o excesso de esgoto na água da lagoa, que forma o córrego que cai na praia do centro de Manguinhos.
O problema se arrasta há anos e pode estar sendo agravado pela pior seca registrada já registrada no Estado. Dentre as fontes de poluição, há as águas descartadas pela Estação de Tratamento de Esgoto (Ete) do Civit II. Além deste, há pontos de lançamento de esgoto sem tratamento nas regiões de Vila Nova de Colares, Alterosas e Nova Zelândia.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura da Serra, a lagoa recebe limpeza periodicamente. Mas a última foi realizada em dezembro de 2015, e a próxima está programada, mas sem data prevista, pois depende que o nível da água suba para permitir a entrada dos equipamentos.
Sobre a Ete do Civit II a prefeitura diz que em 2015 e 2016 as águas descartadas mantiveram-se dentro dos padrões legais, de acordo com a outorga concedida pela Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh). O licenciamento das Estações de Tratamento de Esgoto é feito pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), órgão também responsável por acompanhar os monitoramentos e determinar as melhorias necessárias.
Já a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) disse que as obras de coleta e tratamento de esgoto na Serra estão em andamento e o serviço deve ser universalizadas na cidade até o ano 2022. Garantiu ainda que Ete Civit opera dentro dos padrões de normalidade, tratando o esgoto coletado e devolvendo limpo para a natureza.