Os ônibus do sistema Transcol vão continuar sem cobradores por mais dois meses. Isso porque o Governo do Estado prorrogou a portaria que suspende o contrato de trabalho desses funcionários, que estão afastados desde o dia 17 de maio, quando os coletivos deixaram de receber a tarifa em dinheiro e passou a utilizar apenas os cartões, como forma de diminuir as possibilidades de contágio do novo coronavírus.
A portaria com a determinação foi publicada na manhã desta terça-feira (10) e prorroga a suspensão temporária do contrato de trabalho, considerando a “necessidade de continuar mantendo as medidas emergenciais que possibilitem a redução do risco de contaminação no Transporte Público (Sistema Transcol) aos usuários e rodoviários pelo coronavírus”.
Com a decisão da Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, os contadores ficarão afastados dos coletivos até pelo menos a primeira quinzena de janeiro. Neste mesmo período, o uso do CartãoGV, o bilhete de passagem, vai continuar sendo obrigatório para entrar nos ônibus do Transcol.
Conforme noticiado pelo TEMPO NOVO, o afastamento desses profissionais ocorreu no dia 17 de maio deste ano, com base no Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, do Ministério da Economia. O governo federal paga um benefício aos trabalhadores para que eles não fiquem sem renda durante a interrupção dos contratos.
Na ocasião, o Estado havia decidido suspender o contrato de trabalho por apenas dois meses, mas o retorno dos profissionais já foi adiado por três vezes. Até janeiro, os cobradores ficarão afastados, no total, por oito meses.
Vale destacar que, desde maio, os coletivos deixaram de aceitar dinheiro em espécie como forma de pagamento. O motivo é o risco de contaminação da Covid-19, já que as cédulas podem servir como vetor da doença.
O presidente Jair Bolsonaro prorrogou, em outubro, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda por mais 60 dias. Na prática, o projeto permite a redução dos salários e da jornada de trabalho durante a pandemia de coronavírus, tornando possível a suspensão dos contratos por até seis meses.
O objetivo, de acordo com o Ministério da Economia, é preservar o emprego e a renda, garantir a continuidade das atividades econômicas e reduzir o impacto social provocado pela pandemia. O plano prevê o pagamento de um benefício emergencial, a redução proporcional de jornada e de salário e até a suspensão temporária do contrato, como está sendo feito com os cobradores do Transcol.
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