Em meio à crise, o comércio em Porto Canoa, que se tornou referência para os bairros do entorno, está se mantendo como polo. O bairro, criado há 33 anos exclusivamente para residências, tem na Avenida Brasília lojas de diversos setores, banco privado e público, correspondente bancário, supermercados, onde circulam cerca de 2,3 mil pessoas por dia.
Raul Gomes da Fonseca Júnior, dono de loja e corretor de imóveis há mais de 20 anos, é também um dos responsáveis pela militância empresarial na região, afirma que houve uma queda de 30% no movimento, mas que o comércio se mantém ativo.
“Mesmo com a crise, continuamos com cerca de 150 estabelecimentos, mas hoje com alguns impactos. Uma loja pequena de 40 m² que era alugada por R$2,5 mil hoje pode ser negociada por até R$1,6 mil, senão fica fechada. Mas o bairro continua gerando entre R$ 3,5 a R$ 4 milhões por mês”, frisa.
Ele reitera que a associação comercial está em fase de formação, mas aguarda o fim da crise para se consolidar e destaca que os quiosques da praça fortalecem o comércio, sendo responsáveis pela vida noturna da região.
Comerciante há 26 anos na região, João Antônio de Almeida, tem uma padaria, uma farmácia e um restaurante e garante que a crise não o afetou. “Nosso movimento se manteve, não caiu, mas também não aumentou”, afirma.
Gilvan da Silva, administrador de uma barbearia que está há 22 anos no local também não reclama. “Nosso movimento é constante e recebo clientes de diversos lugares, até de Serra -Sede”, diz.
O polo atende moradores do bairro e de outros do entorno como Maringá, Mata da Serra, Serra Dourada I, II, III, Planalto Serrano, Planície da Serra, Solar do Porto, Tubarão.