Após entrar na mira do Ministério Público Estadual (MP-ES), que investiga denúncias de suposta prática de nepotismo cruzado, o vereador Robinho Gari (PV) tem mais um desafio. É que o PPS, partido da coligação que elegeu o verde, está de olho no resultado da ação do MP e pode solicitar a vaga do vereador, caso seja deliberado o seu afastamento.
O presidente municipal do PPS, Franz Rupert Viana Cordeiro, disse que “se o processo desenrolar para uma condenação o PPS vai pedir a vaga do vereador”.
Ele lembrou que está acompanhando as investigações do MP. “Está acontecendo uma investigação; não existe condenação do vereador Robinho Gari, e não podemos pedir o mandato dele. Mas o PPS está monitorando com atenção a esta situação; estou buscando junto ao setor Jurídico do partido informações, documentos, para ter embasamento legal. Não cabe a nós fazer julgamento, pois se trata de denúncia. Estamos monitorando com atenção, pois a vaga do primeiro suplente é nossa. Vamos ver quais procedimentos podemos adotar de acordo com o desenrolar dos fatos”, disse o presidente.
Já o vereador disse estar tranquilo. “A gente fez uma defesa muito boa e estou com a consciência tranquila. Sempre fui correto com minhas coisas e minha consciência tranquila”, pontuou.
Segundo dados das eleições 2016, o suplente do vereador Robinho Gari é o Professor Renato (PPS), que obteve 1.457 votos.
Entenda:
O Ministério Público do Espírito Santo, por meio da Promotoria da Serra investiga denúncias de nepotismo cruzado entre os vereadores da Serra Robinho Gari (PV), e de Vitória, Luiz Paulo Amorim (PV). Segundo consta na denúncia, o filho do vereador da Serra teria sido nomeado no gabinete de Amorim, que por sua vez teria nomeado o filho de Robinho em seu gabinete. Ambos negam o caso.